A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja incluído no inquérito que apura a instigação e a autoria intelectual dos atos golpistas que resultaram na depredação da sede dos três Poderes, em Brasília, no domingo (8).
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A solicitação foi feita nesta sexta-feira (13), após 80 integrantes do Ministério Público Federal (MPF) solicitarem ao procurador-geral da República, Augusto Aras, indicado ao cargo por Bolsonaro, a investigação sobre o ex-presidente por suspeita de incitação pública à prática de crime.
Os procuradores entenderam que Bolsonaro é suspeito de ter cometido este crime após ter postado, na última terça (10), um vídeo questionando a regularidade das eleições e apagado depois.
Desde que foi derrotado, Bolsonaro se manteve recluso no Palácio da Alvorada e evitou declarações públicas. Ataques diretos contra o sistema eleitoral e ministros do Supremo — como ele fez frequentemente durante seu mandato — também passaram a ser evitadas.
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Bolsonaro viajou aos Estados Unidos na véspera da posse do presidente Lula (PT) e, com isso, não cumpriu o rito democrático de passar a faixa presidencial a seu sucessor no Palácio do Planalto.
A invasão e depredação do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF teve como consequência a prisão de centenas de pessoas suspeitas de participação no vandalismo e o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), além de ordens de prisão contra o ex-ministro de Bolsonaro Anderson Torres e o ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, Fabio Augusto Vieira.
*Por José Marques
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