Em meio aos ataques de fevereiro, a polícia nas ruas, as autoridades traçando planos para transferir os líderes, três frases de um preso ouvido pela polícia sintetizavam a ameaça: havia plano do PGC em assaltar uma pedreira no Sul do Estado, roubar as bananas de dinamite e explodir uma ponte ou uma torre.

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Aquele que seria um atentado emblemático, de impacto sem precedentes, não chegou a acontecer. O plano dos criminosos existiu e foi oficializado no dia 7 de fevereiro pela Deic, no depoimento de um preso que está trancafiado há mais de 14 anos em São Pedro de Alcântara.

Ele falou sob a garantia de anonimato, previsto no provimento da Corregedoria de Justiça. Não se sabe ao certo qual era o alvo. As pistas indicam que seria no Sul do Estado. Policiais não descartam que fosse o maior cartão postal de Santa Catarina: a ponte Hercílio Luz, em Florianópolis.

Investigadores experientes ouvidos pelo DC afirmam que o fácil acesso de assaltantes a explosivos nos últimos anos e a praticamente inexistente vigilância noturna na Hercílio Luz, são razões suficientes para crer que um episódio do tipo não seria algo impossível de ser concretizado.

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Além de uma ponte ou torre, a facção tramou colocar explosivos em um shopping. Outra cogitação foi a de roubar armas de um quartel do Exército – por sorte, nenhum atentado do tipo ocorreu.

A investigação ainda tenta descobrir a dimensão destas ameaças, encaradas como catastróficas para o Estado. No interrogatório, o detento declara ter ouvido que os planos partiram do preso Evandro Sérgio Silva, o Nego Evandro, um dos integrantes do 1º ministério.

(pág. 290 do inquérito traz esse depoimento da ponte)