O laboratório Pfizer, responsável por uma das vacinas contra o coronavirus mais utilizadas no mundo no momento, descartou a possibilidade de abrir negociação diretamente com o governo de Santa Catarina para o fornecimento de doses. A resposta veio nesta sexta-feira (26) após um ofício encaminhado pelo governador, Carlos Moisés, à farmacêutica.
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No documento enviado aos representantes da Pfizer no Brasil nesta quinta-feira (25) à noite, Moisés pede detalhes sobre custos, entrega, condições de comercialização e informações técnicas da vacina para “dar andamento ao processo de intenção de compra, de forma a disponibilizar o quanto antes esse imunobiológico à população catarinense”.
O ofício do governador destaca que a negociação seria concretizada caso o imunizante da Pfizer permaneça fora das distribuições do Plano Nacional de Imunização, do Ministério da Saúde, que por enquanto tem enviado aos estados doses da CoronaVac e da vacina Astrazeneca/Oxford.
Na resposta ao governo catarinense, a Pfizer afirma que no momento está “única e exclusivamente focada nas trativas da negociação com o Governo Federal”, e que só abrirá negociações diretamente com os estados após a definição da situação com o Ministério da Saúde. A farmacêutica cita também que depende da viabilidade legal de contratos estaduais. Uma resposta semelhante já havia sido dada pela Pfizer à prefeitura de Florianópolis.
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A vacina da Pfizer foi a primeira a receber o registro definitivo da Anvisa no Brasil, em uma decisão da última terça-feira (23). Os resultados da terceira e última fase de testes do imunizante, divulgados em novembro, apontaram eficácia de 95% contra o coronavírus. A vacina está sendo utilizada em países como Estados Unidos, Inglaterra e Israel.
Nos últimos meses o governo de SC destacou que possui R$ 300 milhões guardados para a aquisição de vacinas, caso seja necessário diante da distribuição do Ministério da Saúde. No entanto, até o momento os contatos têm sido barrados pela exclusividade que o governo federal tem nas negociações com os laboratórios.
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No pedido que motivou o contato de Moisés com a Pfizer, o secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, diz que ” tem a intenção e o interesse em adquirir uma quantidade de vacinas para ser utilizada em nosso Programa Estadual de Imunização”, e que a decisão de comprar ou não os imunizantes teria como base as estimativas de vacinação e o cenário nacional.
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