Por suspeita de locaute (greve incentivada pelo empregador), o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou nesta quarta-feira a abertura de inquérito da Polícia Federal (PF) sobre a atuação do Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC) em bloqueios de estrada.
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Desde segunda-feira, caminhoneiros se mobilizam para interromper trechos de rodovias em diversos Estados para reivindicar redução nos custos dos transportes, o que inclui diminuição nos preços dos pedágios e do óleo diesel. A decisão de Cardozo se dá em resposta a um pedido encaminhado pelo ministro dos Transportes, César Borges
Segundo o documento, enviado por Borges, o representante do MUBC, Nélio Botelho, declarou à imprensa que, a partir de 48 horas de paralisação, haveria desabastecimento em todo o país, principalmente em relação a produtos essenciais, como combustíveis e gêneros alimentícios.
Em tese, o movimento é de caminhoneiros autônomos. No entanto, um dos líderes da paralisação, Nélio Botelho, presidente do Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), não é autônomo, mas empresário. Conforme informações ainda extraoficiais, Botelho manteria 39 contratos com a Petrobras que, juntos, somariam R$ 4 milhões por mês.
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