A Polícia Federal tomou depoimento na manhã desta terça-feira (7) do empresário Jason Miller, ex-assessor de Donald Trump e fundador da rede social de direita Gettr.

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A ação ocorreu enquanto o presidente Jair Bolsonaro fazia discurso golpista diante de milhares de apoiadores em Brasília. Ele ameaçou o Supremo Tribunal Federal e o seu presidente, ministro Luiz Fux.

Em declaração, Miller afirmou que o depoimento durou cerca de três horas. — Não fomos acusados de nada de errado e informados apenas de que eles [policiais] queriam conversar. Informamos que não tínhamos nada para dizer e fomos então liberados para voar de volta aos EUA. Nosso objetivo de divulgar a livre expressão no mundo continua — disse Miller.

Miller, que foi assessor de comunicação do ex-presidente norte-americano, esteve em Brasília no fim de semana para participar da conferência conservadora Cpac, organizada pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

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Ele foi recebido no Palácio do Planalto pelo presidente Jair Bolsonaro no domingo (5).
Também está sendo ouvido Gerald Brant, amigo da família Bolsonaro e também do estrategista político norte-americano Steve Bannon. Ele é brasileiro, mora nos Estados Unidos e atua no mercado financeiro.

Donald Trump aparece de terno e gravata falando e ao fundo algumas pessoas em pé
Jason Miller, que presta depoimento à PF nesta terça (7), foi braço direito do ex-presidente dos EUA Donald Trump (Foto: : Alex Edelman/AFP/BD)

Miller e Brant estão sendo ouvidos no âmbito do inquérito das milícias digitais, que sucedeu o dos atos antidemocráticos e investiga possível atuação organizada para atentar contra as instituições democráticas.

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Diversos apoiadores de Jair Bolsonaro estão na mira da investigação, no âmbito da qual foi preso o presidente do PTB, Roberto Jefferson. A PF tinha Miller e Brant no radar, por entender que as redes de desinformação bolsonaristas atuam no mesmo modelo estabelecido por trumpistas nos Estados Unidos ao tentar desacreditar as urnas eletrônicas.

A concepção mais recente dessa estratégia de comunicação é atribuída a Bannon, guru da campanha de Trump. Ele foi conselheiro da consultoria Cambridge Analityca, envolvida no escândalo do uso de dados de usuários do Facebook na campanha eleitoral, e comandava o site Breitbart News, conhecido por disseminar desinformação.

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*Por Fábio Zanini

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