A Polícia Federal iniciou, na manhã desta quinta-feira, a 15ª fase da Operação Lava-Jato e prendeu o ex-diretor da área internacional da Petrobras Jorge Zelada.

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São cumpridos quatro mandados de busca e apreensão – três deles no Rio de Janeiro, e outro, em Niterói.

A operação desta quinta-feira foi batizada de “Conexão Mônaco”, já que foi motivada pela descoberta de 11,6 milhões de euros mantidos por Zelada em uma conta secreta no principado europeu.

Em março, a PF havia informado que Zelada, sucessor de Nestor Cerveró na diretoria internacional da Petrobras, era o alvo seguinte das investigações. Os valores encontrados – e bloqueados – estariam depositados no banco Julius Baer, de acordo com as investigações.

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A diretoria internacional seria a cota do PMDB no esquema de corrupção na Petrobras. O Ministério Público Federal descobriu que Zelada era o controlador de uma conta da empresa offshore Rockfield Internacional S.A. – a conta na qual estavam depositados os 11 milhões de euros. Em outra conta, esta pessoal, haveria 32 mil euros.

– Se nós tivéssemos o crime de enriquecimento ilícito, nós estaríamos oferecendo acusação criminal contra Zelada. Porque não o temos, devemos prosseguir nas investigações até alcançarmos provas consistentes para que, aí sim, possamos formular acusações criminais – afirmou o procurador Deltan Dallagnol, em março.

Outro envolvido na Lava-Jato, o ex-diretor de Serviços Renato Duque, também está preso por movimentações financeiras não declaradas em Mônaco. Duque teria transferido 20 milhões de euros de bancos na Suíça para o principado no fim de 2014. Ele foi preso em 16 de março e segue detido em Curitiba.

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