A Polícia Federal (PF) encontrou na residência oficial do governador do Distrito Federal dinheiro cuja série numérica é a mesma de um lote de cédulas apreendidas em duas empresas, a Vertax e a Adler. A descoberta ocorreu no dia da deflagração da operação Caixa de Pandora,
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Em 11 de dezembro, quando iniciou a operação Caixa de Pandora, cédulas da série A3569 foram encontradas no gabinete de um assessor de Arruda, situado na residência oficial, e na sede das empresas Vertax e Adler, que mantêm contratos com o governo do Distrito Federal na área de informática e são apontadas como importantes fontes de abastecimento do esquema.
Em outro endereço, os investigadores descobriram com um ex-assessor de Arruda notas previamente marcadas com uma tinta invisível para identificar os destinatários da propina.
Na residência oficial, o dinheiro foi apreendido na sala de trabalho de Fábio Simão, então chefe de gabinete de Arruda. Homem de extrema confiança do governador, Simão foi demitido após a operação. A informação consta de relatório encaminhado pela PF ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), com o resultado das buscas realizadas no dia da Caixa de Pandora.
A descoberta reforça ainda mais as provas sobre os laços financeiros entre o grupo de Arruda e as empresas prestadoras de serviço. A suspeita é de que o dinheiro encontrado na residência oficial seja proveniente do caixa dessas empresas.
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O ex-chefe de gabinete de Arruda, Fábio Simão, acusado por Durval Barbosa de arrecadar propina entre empresas contratadas pelo governo, disse que as denúncias são “absurdas”.
– Quem tem que provar isto é ele, o Durval. Cada dia aparecem acusações novas partindo dele, é até cômico -, afirmou.