Não foi por acaso que policiais militares depararam com os bandidos da mais bem armada quadrilha gaúcha numa estrada de terra no interior de um pequeno município serrano. A Brigada Militar e sua vasta rede de informantes monitoravam há semanas os passos do bando de Elisandro Falcão.
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Graças a dicas de delinquentes de menor expressão, o serviço de inteligência da corporação tinha conhecimento de que um grande ataque estava sendo planejado para o último fim de semana do ano. Como os quadrilheiros são radicados na Serra, a lógica é que o ataque fosse na região.
Contribuiu também para o trabalho da BM a colaboração da Polícia Federal, que rastreava há meses a quadrilha. A PF também tinha a informação sobre o assalto iminente, mas, por falta de meios, apenas manteve conversações com os PMs.
Conforme Zero Hora adiantou na edição de sábado, os federais começaram a investigar três bandos de assaltantes que praticam, nos três Estados do Sul, uma modalidade de crime conhecida como Novo Cangaço: criminosos que usam armas de grosso calibre e fazem reféns durante os ataques.
A BM tratou de buscar reforços em outros pontos do Estado, assim que deduziu que a Serra seria o alvo. Deslocou mais de cem policiais de Passo Fundo, Caxias do Sul e Porto Alegre, para palmilhar as pequenas localidades da região. Assim que as primeiras explosões sacudiram Cotiporã, PMs foram enviados para bloquear uma das estradas. Praticamente “colidiram” com os bandidos numa estrada vicinal. Desta vez, os policiais levaram a melhor.
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