A Polícia Federal do Rio apreendeu cerca de R$ 3,5 milhões em dinheiro nesta terça-feira (4), na casa de um dos alvos da segunda fase da Operação Postal Off. A investigação, que começou em novembro de 2018 em Santa Catarina, apura fraudes na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.
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Operação contra esquema nos Correios e a ligação com Santa Catarina
Segundo a Polícia Federal, a organização criminosa já causou um prejuízo estimado em R$ 94 milhões ao patrimônio público. O grupo, que subfaturava valores devidos aos Correios, também atuava nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Os criminosos contavam com funcionários que faziam com que grandes cargas de clientes fossem distribuídas no fluxo postal, sem faturamento ou com faturamento muito inferior ao devido, segundo a invetsigação. Os agentes cumpriram 12 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Praia Grande (SP), São Vicente (SP) e no Rio de Janeiro, em residências de investigados e sedes da empresa.
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Também foram expedidos mandados de afastamento de funcionários dos Correios de suas funções. Eles terão restrições ao direito de ir e vir, assim como a obrigatoriedade de comparecimento aos atos do processo, com risco de terem prisão decretada. Até o final da manhã desta terça-feira, não houve prisão em flagrante.
Nesta fase da operação, foram identificados indícios de participação de um empresário titular de agências franqueadas dos Correios e de sete funcionários da empresa pública, que atuavam auxiliando nas postagens.
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De acordo com as investigações, a organização criminosa também desviava importantes clientes dos Correios para si própria no seguimento de cartas comerciais. Já na primeira fase da ação, houve bloqueio de bens dos investigados de R$ 55 milhões, entre eles, carros de luxo, um iate, um avião, imóveis de alto padrão e contas bancárias.
Ainda na primeira etapa, em setembro de 2019, o empresário e ex-deputado federal Indio da Costa (sem partido) chegou a ser preso no Rio, mas foi solto dias depois. Em ambas as fases, a investigação contou com a colaboração da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.
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Os investigados foram indiciados, conforme a atuação de cada um, em crimes como corrupção passiva e ativa, estelionato, violação de sigilo funcional e formação de organização criminosa.