A Polícia Federal (PF) concluiu que 152 candidatos tiveram acesso antecipado à prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), aplicada em 2009, em São Paulo. Na investigação divulgada nesta quarta-feira, a descoberta também é de que 1.076 colaram no teste. As respostas antecipadas, na primeira de três fases do exame, eram conseguidas por uma organização criminosa que também fraudou outros concursos federais. Já os que colaram foram revelados por causa de um software da polícia que calcula a probabilidade de as respostas serem as mesmas entre os concorrentes.

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Os envolvidos podem responder por formação de quadrilha, estelionato qualificado, receptação, corrupção ativa e passiva, entre outros. O caso faz parte da Operação Tormenta, que visa esclarecer as mesmas fraudes em concursos como o de agente e de delegado da PF de 2004, de agente e escrivão de PF em 2001, de auditor-fiscal da Receita Federal de 1994, de agente e oficial de inteligência da ABIN de 2008, de analista e técnico administrativo da ANAC de 2009.

Até o momento, foram expedidos 33 mandados de busca e apreensão, 25 mandados de prisão temporária e 44 mandados de prisão preventiva. Já foram indiciadas 282 pessoas, 62 servidores foram afastados ou impedidos de tomar posse e 18 pessoas tiveram os bens arrestados.