Agentes da Polícia Federal trabalham na análise de computadores e documentos apreendidos durante a operação Lava Jato, deflagrada segunda-feira. As 24 pessoas presas também estão sendo ouvidas. Entre os suspeitos está um morador de Balneário Camboriú preso preventivamente.

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Até terça-feira à tarde não havia informação sobre se o morador de Balneário já tinha sido ouvido. A prisão ocorreu em um duplex na avenida Atlântica. De acordo com informações do setor de Comunicação da PF, no Paraná, o homem é suspeito de ser um dos doleiros da quadrilha desarticulada com a operação.

Antes de morar em Balneário Camboriú, o suspeito era vendedor de cachorro-quente em Foz do Iguaçu, no Paraná. No edifício onde o homem foi preso, a porteira não soube informar se havia alguém no apartamento dele e se recusou a interfonar.

A investigação que levou à prisão do doleiro começou em agosto do ano passado. Foram cumpridos mandados de prisão e busca e apreensão em Balneário e mais 16 cidades de São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Rio Grande do Sul e Mato Grosso.

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O grupo desarticulado com a operação era especializado em lavagem de dinheiro. Uma rede de lavanderias e postos de combustíveis eram usados para movimentar dinheiro, daí o nome da operação Lava Jato. De acordo com as informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF/MF), obtidas pela PF, os grupos investigados registraram comunicações de operações financeiras atípicas num montante que supera R$ 10 bilhões.

Ainda nesta terça-feira agentes da PF tentavam abrir um cofre apreendido em São Paulo. Com isso e a análise dos documentos, é possível que a investigação leve a novas prisões.