A proibição da permanência e circulação de cachorros e outros animais domésticos no Jardim Botânico e em parques ecológicos de Florianópolis vigora há mais de duas décadas. Porém, muitos tutores não entendem por que placas sinalizam que os pets não são bem-vindos nesses ambientes.
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A medida é assegurada por uma lei muncipal de 2001, com caráter sanitário e de proteção à saúde dos animais. Ela permite o trânsito dos pets em praças, parques e demais locais de livre acesso ao público, exceto em unidades de conservação e jardins botânicos.
Essa é uma orientação da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram) como política pública de proteção à diversidade silvestre. Segundo Beatriz Kowalski, superintendente da Floram, o intuito principal da restrição é evitar o afugentamento da fauna nativa, principalmente de aves, como biguás, quero-queros e maçaricos-da-cara-preta.
O órgão considera que espaços como parques ecológicos e jardins botânicos têm o objetivo de preservação e conservação do meio ambiente. O lazer deve ser compatível com o cuidado da fauna e flora, como orienta o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
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— O Jardim Botânico, por exemplo, é um local de harmonia das pessoas com o ecossistema. Por via de regra, os animais domésticos têm atitudes imprevisíveis, que podem vir a prejudicar o ambiente, e isso foi avaliado lá em 2001 — justifica Lucas Arruda, secretário-adjunto da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
De acordo com ele, as equipes técnicas também consideraram que a urina e as fezes dos pets podem levar à perda de espécies da fauna nativa, principalmente em grandes quantidades.
Por isso, a proibição atual é válida para os parques ecológicos do Córrego Grande, Peri, Maciço do Morro da Cruz e Jardim Botânico de Florianópolis.
Entretanto, o secretário-adjunto explica que a restrição está em pauta para a busca de uma solução que inclua os animais domésticos em mais ambientes da Capital.
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— Hoje é proibido e precisamos construir uma forma adequada de uso. O comitê gestor está avaliando — afirmou.
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