Um dos maiores grupos econômicos do Rio Grande do Sul anunciou há pouco que vai mudar de nome. Criada há 25 anos, a Petropar, holding que controla empresas fornecedoras de bens intermediários para indústria de consumo, lançou a nova marca, Évora. Fitesa, Crown Embalagens, América Tampas e Petropar Agroflorestal são as quatro empresas controladas pela holding. O grupo, controlado pela família Ling, é dono do segundo maior fabricante mundial de mantas de polipropileno para descartáveis higiênicos e médico-hospitalares e da segunda maior fábrica de latas de alumínio para bebida do país.
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Capitaneada pela consultoria de branding gadlippincott, a escolha do nome Évora partiu do princípio de que a empresa e suas controladas existem para gerar valor econômico e promover a evolução de seus colaboradores e da sociedade. Por isso, a opção por um nome que estivesse associado às palavras “evolução” e “valor”. Embora reconhecida nos setores em que atua como forte, sólida e lucrativa, a empresa identificou necessidade de buscar um novo posicionamento.
– Com a perspectiva de crescimento na demanda e a consolidação de nossas operações nos setores em que atuamos, percebemos a necessidade de fortalecer nossa imagem como uma holding que dá solidez e agrega valor aos negócios que controla – resume o diretor presidente da Évora, Geraldo Enck.
A decisão pelo reposicionamento de sua marca veio após a constatação de que o nome Petropar não mais representava os negócios que caracterizam a empresa, nascida a partir da reestruturação societária do Grupo Olvebra, em 1988. Na época, a família Tse ficou com os negócios da área de soja e alimentos, e os Ling uniram ativos da área petroquímica e de plásticos sob a denominação Petropar – Petroquímica Participações. Todos esses negócios foram vendidos ou descontinuados, e em seu lugar surgiu um novo conjunto de atividades, voltado para o mercado de bens de consumo de massa.
A Évora
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Évora é uma holding controladora de empresas em mercados ligados ao consumo de massa. Resilientes a períodos de retração econômica, os segmentos em que a empresa atua têm por característica serem previsíveis e sensíveis aos movimentos demográficos e de crescimento de renda da população.
O grupo foi formado por Sheun Ming Ling, que passou o comando dos negócios para o filho William. Atualmente com 92 anos, o chinês de Taiwan Sheun chegou ao Rio Grande do Sul nos anos 50 para ser empregado numa fábrica de óleo vegetal e se tornou um dos maiores empresários do Estado.
Operando 17 plantas em sete Estados brasileiros, além de oito países em quatro continentes, a Évora está atenta a oportunidades de crescimento em qualquer geografia do planeta. Com cerca de 2 mil funcionários, a Évora é uma empresa de capital aberto, listada na BM&F Bovespa, com o símbolo PTPA4.
No ano passado, além da receita líquida recorde de R$ 1,8 bilhão, a companhia registrou Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de R$ 332,3 milhões e lucro líquido de R$ 313,7 milhões. A média anual de crescimento orgânico (sem aquisições) do grupo nos últimos cinco anos foi de 18%. Consideradas as aquisições, o crescimento médio anual da receita líquida foi de 41%.
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