A indefinição em torno dos custos da matéria-prima que será produzida pela central de refino do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) pode afastar o interesse privado no projeto, avaliado em US$ 8,5 bilhões (cerca de R$ 13,6 bilhões). A construção da refinaria, a parte mais cara do projeto e que será custeada pela Petrobras, está assegurada.

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A refinaria consumirá US$ 5 bilhões, ou 60% do orçamento total. Mas o projeto prevê ainda oito unidades petroquímicas de segunda geração em torno da central, cada uma para um tipo de produto. Nessa parte ainda não há uma definição sobre investimentos.

– Ainda não há nenhum sócio privado no projeto. Já recebi dezenas de indústrias brasileiras e estrangeiras interessadas no processo. Tudo ainda depende do preço. A indústria petroquímica não pode repassar aumentos muito grandes na ponta – disse uma fonte do setor.

O Comperj é hoje o maior projeto de refino e petroquímica no país. A Petrobras estuda revisar para cima seu custo – definido há mais de um ano – porque os equipamentos e insumos do setor de petróleo ficaram mais caros. Mas, para a estatal, o projeto já é uma realidade e terá de contar necessariamente com participação privada, sob a liderança da CPS, nome provisório da companhia formada a partir da parceria entre a Petrobras (40%) e a Unipar (60%).

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