Em Washington para participar de conferência sobre o setor de petróleo, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, confirmou a jornalistas estrangeiros o interesse da estatal na compra de ativos da multinacional ExxonMobil (Esso), não apenas no Brasil como também em outros países da América do Sul. Estão na mesa de negociações postos da Esso no Uruguai, na Argentina e no Chile.
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– Estamos considerando essa possibilidade – respondeu Gabrielli, laconicamente, ao ser indagado sobre o assunto.
Há rumores no mercado de que a Petrobras estaria acertando acordo com dois concorrentes, o Grupo Ultra e a distribuidora AleSat, para viabilizar o negócio no Brasil, que está sendo disputado ainda pelo grupo americano Ashmore e por um consórcio envolvendo o fundo GP Investimentos e empresários argentinos.
A Esso, que pôs à venda seus ativos sul-americanos, contratou o banco JP Morgan para coordenar o processo e, segundo fontes que acompanham o negócio, a empresa dá preferência à venda de um pacote fechado, com todos os postos e bases de distribuição do continente. Somente a rede de 1,8 mil postos Esso no Brasil é avaliada pelo mercado financeiro em torno de US$ 600 milhões. Juntando os ativos na Argentina, o valor aumentaria para entre US$ 800 milhões e US$ 900 milhões. No Brasil, a compra colocaria a Petrobras num impasse concorrencial, já que passaria a deter, no mercado de distribuição uma fatia perto 50%.
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