Em duas conferências realizadas nesta terça-feira pelo diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, as principais dúvidas dos analistas foram quanto à resistência da estatal em reajustar seus preços de diesel e gasolina no mercado doméstico, diante do avanço no valor do barril de petróleo no mercado internacional.
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– Estamos acompanhando os preços, não na sua totalidade, mas temos que olhar todo o avanço dos preços e como eles se comportam num longo prazo. Em 2007, por várias vezes o preço aqui no mercado doméstico ficou superior ao internacional – disse, lembrando que na média houve um equilíbrio.
O diretor também destacou que, no caso de haver uma recessão econômica no mercado mundial, “ela pode conter os preços”.
– Temos que olhar todos os cenários possíveis. Não temos um patamar consolidado que nos permita elevar confortavelmente os preços domésticos com base em apenas dois últimos meses do ano – afirmou.
Ao ser indagado por um investidor, durante a conferência, sobre qual a avaliação da Petrobras sobre as perspectivas anunciadas no mercado de um possível barril a US$ 140, Barbassa foi pragmático:
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– Se chegar a US$ 140, para a Petrobras será ótimo, porque nossas reservas estão crescendo e este valor será muito bom para nós.
Ele considerou, no entanto, que um eventual preço neste patamar poderia enfraquecer o mercado consumidor.