O diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras, Paulo Roberto Costa, foi evasivo ao responder hoje perguntas sobre a negociação para a compra da área de distribuição da Esso no Brasil, mas confirmou que houve uma proposta.

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– Só posso dizer que houve uma proposta. Mas o tempo é do vendedor. Não tem prazo para a divulgação do resultado. Caberá a decisão ao vendedor – disse, em entrevista coletiva à imprensa, após a cerimônia de inauguração das obras de terraplanagem do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

Diante da insistência dos repórteres em saber se a Petrobras havia feito a proposta sozinha ou em parceria, e ainda se estava interessada em toda a rede de distribuição na América do Sul ou apenas fora do Brasil, ele respondeu com a mesma frase:

– A Petrobras fez proposta.

Os rumores do mercado indicam que a estatal estaria em parceria com a distribuidora AleSat para a aquisição da Esso. Segundo fontes do mercado, a Petrobras ficaria com os postos da Esso fora do Brasil e a distribuidora teria o mercado interno. Ainda de acordo com as mesmas fontes, o Grupo Ultra, que estaria interessado em participar dessa parceria, foi excluído do negócio e apresentou proposta sozinho. Os negócios da Esso na América do Sul estão avaliados, segundo o mercado, em torno de US$ 800 milhões.

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Petrobras não fala sobre nova descoberta

Paulo Roberto Costa disse também que não pode falar “nada” sobre as informações não confirmadas que circulam no mercado financeiro de que a companhia teria descoberto um novo campo de petróleo próximo do campo de Tupi, na Bacia de Santos.

– Se a companhia divulgar uma coisa antes de passar pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), vai todo mundo preso – disse Costa.