Por falta de um consenso em torno do futuro sistema de reajuste automático dos combustíveis, a reunião do Conselho de Administração da Petrobras foi adiada para a quinta-feira da próxima semana. O encontro estava marcado para esta sexta-feira. A avaliação no governo é que a pauta ainda não está madura para ir à deliberação.

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O Ministério da Fazenda tem resistências ao modelo proposto pela estatal, que prevê correções periódicas dos preços com base nas taxas de câmbio e nas cotações internacionais do petróleo. O ministro Guido Mantega – que preside o conselho da empresa – já afirmou que é preciso cuidado para que não se crie um novo mecanismo de indexação no país, que pode prejudicar o controle da inflação.

Mantega também não gostou de a proposta ter sido divulgada pela empresa antes de sua aprovação. A presidente da Petrobras, Graça Foster, informou no final de outubro, durante a divulgação do balanço da empresa no terceiro trimestre de 2013, que a diretoria da Petrobras apresentou ao conselho de administração uma nova metodologia para reajuste dos combustíveis. O conselho teria até o dia 22 de novembro para analisar e se posicionar sobre a proposta.

A intenção, segundo ela, é dar maior previsibilidade ao alinhamento dos preços domésticos do diesel e gasolina e às cotações internacionais dos dois produtos. A Petrobras também já divulgou um fato relevante ao mercado informando que a nova fórmula estava em estudo.

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