Um dia após o novo presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), atacar o governo Dilma Rousseff, defender o legado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e as privatizações do governo tucano, os petistas tentaram minimizar o discurso do provável adversário da presidente Dilma Rousseff na sucessão presidencial de 2014.
Continua depois da publicidade
Aos ouvidos dos aliados de Dilma, as declarações do tucano demonstraram “carência de conteúdo” e evidenciaram a “falta de contato” com a realidade da população.
– Ele tinha de consultar mais o povo. Ele não pode falar coisas tão fora da realidade, fora da vida das pessoas. Quem sabe viajando agora pelo País ele aprenda um pouco – disse o secretário nacional de Comunicação do PT, Paulo Frateschi.
Para o secretário-geral do PT, deputado federal Paulo Teixeira (SP), o discurso do tucano não traz novas contribuições ao debate nacional e reforça que ele “tem pouco a dizer ao Brasil”.
– Demonstra um discurso que não mobiliza o País – avaliou.
Continua depois da publicidade
O petista acredita que, ao abordar a questão da inflação, Aécio não conseguirá provocar uma mobilização significativa porque, em sua visão, as políticas adotadas pelo governo para controlar a alta dos preços “são eficazes”.
– Esse tema da inflação está sob controle, não há perigo (de atingir o governo). Não é uma reflexão que mobiliza as pessoas.
Um dos poucos a comentar o discurso de Aécio nas redes sociais foi o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, que destacou a deferência do senador ao ex-presidente FH. “Aécio Neves colocando FHC como referência programática coloca o debate nacional nos seus devidos termos: a disputa terá mais conteúdo”, comentou no final da tarde de domingo no Twitter.
Já Teixeira considera que o resgate do legado de FH pelo senador é tardio.
– Ele agora tenta ressuscitar um governo que o povo brasileiro já se esqueceu.