Pessoas com apnéia do sono são 340% mais propensas a morrer de câncer, de acordo com um novo estudo. Aqueles que sofrem desta condição também têm duas vezes mais chances de desenvolver a doença.

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Os pesquisadores acreditam que isso possa ocorrer porque a apnéia do sono priva alguns dos tecidos do corpo de oxigênio, o que estimula o crescimento de tumores.

A apnéia obstrutiva do sono é uma condição que faz com que a respiração seja interrompida ao dormir. Ela é causada pelos músculos e tecidos moles na garganta, que ao colidirem causam um bloqueio total da via aérea durante, pelo menos, 10 segundos de cada vez. Ela está associada ao excesso de peso e pode causar ronco e sonolência diurna.

Estima-se que a condição atinja cerca de 4% dos homens de meia-idade no Reino Unido e 2% das mulheres da mesma faixa etária. A apnéia obstrutiva do sono também é conhecida por aumentar o risco de uma pessoa ter pressão alta, ataques cardíacos, derrames e diabetes tipo 2.

O estudo acompanhou 397 pessoas durante 20 anos a partir de 1990. Cada pessoa recebeu um teste de sono em casa para determinar se eles tinham apneia obstrutiva do sono e todos foram monitorados para ver se desenvolveriam câncer durante o estudo.

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Os resultados apoiaram as evidências de uma investigação, de Wisconsin, nos EUA, que sugeriu que indivíduos com apnéia obstrutiva do sono grave seriam 480% mais propensas a morrer de câncer do que aqueles que não sofriam com a condição.

Apesar da relevância dos dados, alguns especialistas alertam que mais pesquisas são necessárias para determinar se o aumento do risco de câncer em pacientes com apnéia do sono está definitivamente ligado ao seu distúrbio do sono.