Está pensando em ter um animal de estimação? Pois saiba que além do seu filho, o beneficiado pode ser você. Uma pesquisa realizada na França mostrou que ter pets em casa facilita a comunicação entre os membros da família. O levantamento revelou que 76% dos entrevistados admitiram bater mais papo entre eles depois que o animal de estimação chegou ao lar.

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A mecânica é simples. Ao comentar o comportamento dos animais, a família livra o ambiente de tensões. Sem contar a necessidade de dar atenção ao mascote, o que obriga a tarefas como troca de água e comida, higiene e passeios. Segundo especialistas, acaba sendo um trabalho de equipe muito útil para estreitar relações familiares.

Em muitos casos, os animais entram em cena durante a chamada “síndrome do ninho vazio”, quando os filhos saem de casa e os pais sentem faltam de quem cuidar. Nessa fase, é comum que se aposte nos animais de estimação.

– O cuidado que antes era determinado para os filhos agora é voltado para os animais. Mas ter um animal não é a mesma responsabilidade, e sim um novo investimento de afetividade – afirma a psicóloga Karina Schutz.

Especialista em “pet terapia”, ou terapia assistida por animais, Karina explica que a presença de bichos como cães e gatos, além de melhorar o astral da família, pode ajudar a contornar doenças como depressão, Mal de Alzheimer, além de outras fobias. Em pessoas portadoras da Síndrome de Down e Autismo, o animal serve como um elo para transmitir amor incondicional.

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– Pesquisas mostram que fazer carinho no animal ajuda a sentir-se mais calmo e aliviado. Em muitos casos, a presença ajuda a reduzir os níveis de ansiedade e com isso, diminui a pré-disposição do organismo a doenças – explica Karina.

Interação familiar

Quando criança, o arquiteto Camilo Bassols nunca teve cachorro em casa, mas pegou dos avós o gosto por animais. Quando foi morar sozinho, rapidamente tratou de encontrar uma companhia canina. Para ele, a presença dos cachorros ajuda a unir a família em relação ao aspecto do cuidado. Representa, ainda, uma divisão de responsabilidades entre os que compartilham o mesmo teto.

Embora seja pequeno demais para aprender a dividir tarefas, o filho de Bassols, João, já aprende desde cedo a importância do animal para a família. Pai, filho, a mãe, Taís Cruz, e o cão dividem o mesmo teto.

– Com dez meses, o João olha curioso, respeita e gosta de interagir com Angus (o Dog Alemão do casal) – explica o publicitário.

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Como o cachorro chegou na casa praticamente junto com o filho, a atenção ficou dividida e, muitas vezes, Angus tem atitudes para chamar a atenção dos donos, como cavar buracos enormes no chão ou comer objetos no pátio. As estrepulias requerem doses extras de paciência do casal.

– A relação de cuidado é muito parecida com a que se tem com as pessoas. Mas, por enquanto, está mais difícil educar o cachorro do que o filho – brinca o publicitário.

Em vídeo, veja como a “pet terapia” é usada em lar de idosos:

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