Ele é dono de 57 mil hectares de terras, tem entre três e quatro anos, 54 quilos, 1,87 metro de comprimento e foi batizado de Betão. Hoje, isso é tudo o que se sabe sobre o rei do Parque Nacional da Serra do Itajaí, mas a expectativa é que em breve se saiba muito mais.
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O puma, capturado quinta-feira retrasada pelos pesquisadores do Projeto Carnívoros, está sendo monitorado a distância, via satélite. A onça-parda, como o felino também é chamado, foi pega numa armadilha, montada pelas biólogas e pelo veterinário do grupo, examinada e identificada com um colar magnético que emite sinais de sua localização na mata. Em seguida, foi solta.
Assista abaixo ao momento da captura e o acampamento montado pelos pesquisadores.
O puma é o primeiro animal da espécie a ser capturado e vigiado na Mata Atlântica do Sul do Brasil. O monitoramento dele ajudará pesquisadores e ambientalistas a identificar quais áreas do parque são mais valiosas para serem preservadas e a criar um corredor ecológico do parque com outras áreas.
Animal ajudará a identificar áreas prioritárias para preservação
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O puma está no topo da cadeia alimentar da fauna que habita a Serra do Itajaí, espalhada por nove municípios, do Sul de Blumenau ao Norte de Vidal Ramos. Como é o principal predador da floresta, o monitoramento pode indicar as regiões da reserva onde há mais biodiversidade e o local onde espécies como ele vivem.
Bióloga, Cintia Gizele Gruener estima que somente quatro pumas vivam no parque. A espécie está ameaçada de extinção por causa da caça predatória. O rei do Parque da Serra do Itajaí foi batizado de Betão em homenagem ao cantor Roberto Carlos. Segundo Cíntia, o apelido tem um motivo: foram muitas emoções capturá-lo.
>>> Veja aqui a galeria de fotos sobre o puma <<<
Se o animal não remover o colar magnético, o acessório ficará preso ao pescoço dele por 52 semanas e se abrirá automaticamente.
A busca e preservação do puma conta com o apoio das instituições às quais os pesquisadores estão vinculados, como o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Caeté-Açu para a Conservação da Natureza, Furb e Município de Indaial.
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Leia a reportagem completa na edição impressa do Santa desta sexta-feira.