Pesquisadoras mulheres e LGBTQIA+ da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) denunciaram, através de nota de repúdio, suposta misoginia e homofobia de um doutorando do Programa de Pós-Graduação em Química (PPGQ).
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Ele teria dito, em sala de aula nessa segunda-feira (27), que problemas em laboratório acontecem “porque o laboratório está cheio de mulheres e bichinhas” e que “quando só tinha homens isso não acontecia”.
Na nota, as acadêmicas dizem que elas fazem “parte de uma luta histórica para dar visibilidade a todas as mulheres cientistas que foram silenciadas no espaço acadêmico. Também não toleramos preconceito e discriminação que afaste as mulheres e a comunidade LGBTQIA+ desse espaço”.
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Elas também afirmam que não é a primeira vez que comentários desse tipo são feitos nos espaços da universidade.
Leia o posicionamento da UFSC
A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) informa que tomou as medidas legalmente cabíveis para apurar um caso de misoginia e homofobia que teria ocorrido no Programa de Pós-Graduação em Química, no Campus Universitário Trindade, em Florianópolis.
A Ouvidoria da UFSC recebeu oficialmente a denúncia, abrindo processo administrativo. O Programa de Pós-Graduação em Química já montou a comissão para apuração dos fatos, conforme previsão regimental.
Além disso, a Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Equidade (Proafe) da UFSC acompanha o caso através da Coordenadoria de Diversidade Sexual e Enfrentamento da Violência de Gênero (CDGEN), que vem prestando atendimento psicológico à vítima. A Universidade reafirma seu compromisso com a construção de uma sociedade diversa e inclusiva, por isso repudia qualquer manifestação preconceituosa e buscará esclarecer os fatos, bem como responsabilizar os autores na forma da lei.
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