Formado em Microbiologia e doutor em Virologia, Atila Iamarino fez uma análise sobre o decreto que entrou em vigor nesta sexta-feira (26) em SC. O documento estabeleceu um lockdown parcial válido para os próximos dois finais de semana. A permanência em praias, parques e praças está proibida. Shoppings e o comércio de rua também não podem funcionar. Para o pesquisador, a efetividade da ação só poderá ser medida se houver diminuição nos casos.
Continua depois da publicidade
— A gente só vai descobrir descobrir se foi suficiente se os casos estiverem diminuindo. Na prática, nós sabemos o que é necessário: diminuir aglomerações de mais de 10 pessoas, diminuir aglomerações de pessoas em ambientes internos, diminuir a presença de pessoas dividindo o mesmo espaço. Isso tem que acontecer o tempo todo para poder diminuir os casos — Atila em entrevista à NSC TV.
> Clique aqui e receba as principais notícias de Santa Catarina no WhatsApp
O pesquisador acredita que com a nova variante da Covid-19 que circula no país — mais transmissível e potencialmente mais agressiva — as medidas adotadas pelos gestores precisam ser diferentes das estabelecidas no ano passado.

— As decisões [dos gestores] são tomadas na medida de tentar conseguir isso sem incomodar tanto a população. Mas com uma nova variante circulando hoje no Brasil, mais transmissível e, que se comportar como as variantes fora, também pode ser mais severa […]. As medidas que a gente tomou ano passado podem não ser suficientes esse ano. Provavelmente vamos precisar de mais fechamento — concluiu o pesquisador.
Continua depois da publicidade
> Fechamentos aos finais de semana: SC não tem mais chance de errar
Lotação nas UTIs do Brasil
Atila tem visto com preocupação a alta ocupação dos leitos de UTI, o que tem, segundo ele, se mostrado um “padrão nacional”. A saída, acredita o pesquisador, está em impedir novos casos de acontecerem.
— Se sai de um momento de crise desse impedindo novos casos de acontecerem. Aumentarem leitos de UTI para conter a Covid-19 e como aumentar leitos de UTI para tentar diminuir as mortes no trânsito. O que a gente tem que fazer é impedir os acidentes de acontecerem, neste caso, o contágio — concluiu.
Retrospectiva da pandemia de Covid-19
Leia mais:
Joinville tem novo decreto para ampliar fiscalização de medidas contra Covid-19
Mapa da ocupação dos leitos Covid mostra o colapso se espalhando por Santa Catarina
Prefeito de Xanxerê chora e apela por ajuda: “estamos dando um grito de socorro”