O diretor da empresa chega ao trabalho e se depara com um colaborador vestido de forma inadequada. A cena é mais comum do que se imagina. Pesquisa feita pela Robert Half, empresa líder mundial em recrutamento especializado em 13 países, revela que 22% dos diretores brasileiros passam por essa situação frequentemente e 54% de vez em quando. No levantamento, foram consultados 1.775 diretores de Recursos Humanos, cem deles no Brasil.

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Para aqueles que não ligam para a escolha da roupa que será usada no trabalho, outro dado preocupa: 45% dos diretores de RH que participaram da pesquisa afirmaram que o modo de vestir pode influenciar significativamente nas chances de o colaborador ser promovido, enquanto 41% afirmaram que a vestimenta influencia pelo menos um pouco essa avaliação.

::Dê sua opinião: Você acha que o modo de se vestir faz a diferença para ser promovido no trabalho?

A coach e psicóloga organizacional Roberta Raupp explica que o problema está na falta de bom senso. Segundo ela, as mulheres devem cuidar principalmente com a exposição do corpo.

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Para a consultora de moda Débora Ferreira, nos ambientes profissionais o ideal é que as pessoas se vistam de maneira discreta, pois a intenção é transmitir segurança e responsabilidade. Nada de excessos e muita informação de moda, especialmente nos ambientes corporativos que exijam mais formalidade.

– No trabalho, a gente deve marcar e ser lembrado pela capacidade e não pelo estilo de vestir. Por isso, o foco jamais deve estar apenas nas roupas – comenta.

::Trajes confortáveis deixam ambiente mais descontraído

Ela lembra, entretanto, que alguns setores e regiões já apostam em um vestuário mais descontraído. É o caso da Talk Estratégia Digital, que atua em Florianópolis. Há cerca de cinco anos, os homens reivindicaram a utilização de bermudas no ambiente de trabalho.

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A solicitação foi aceita pela empresa, mas algumas regras ficaram estabelecidas com os colaboradores: eles poderiam utilizar apenas modelos de bermudas sociais ou jeans. Acordo fechado.

Para a gerente de Desenvolvimento Humano e Organizacional da Talk, Ana Paula Baseggio Lehmkuhl, a iniciativa deu certo por dois motivos: transparência e colaboração dos funcionários.

– As empresas precisam dizer o que querem no início para não deixar dúvidas – defende Ana, que também acredita que as roupas mais confortáveis acabam resultando em um ambiente de trabalho mais descontraído e propício para o melhor rendimento.

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::A consultora de moda Débora Ferreira diz quais são as peças essenciais e as que devem ser evitadas no ambiente de trabalho

Pode usar

– Jeans é um curinga e deve ser escuro, sem detalhes e aplicação de materiais brilhantes

– Camisas de algodão e manga comprida

– Casaco de cor escura

– Vestido de corte reto e liso

– Camisas polo masculinas lisas

– Sapatos em tons neutros e confortáveis

– Acessórios: peças mais discretas e sóbrias

– Quando o ambiente permite mais descontração é possível inserir elementos de moda como peças estampadas e cores mais fortes, máxi colares e calças jeans de tons claros

Evitar

– Saltos exagerados, grandes decotes, saias curtas, roupas justas, bermudas esportivas, chinelos, bonés, camisetas de times de futebol e roupas de ginástica, salvo nos casos em que o uso for deliberado pela empresa.

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