Falar de sexo ainda é uma atitude cercada por tabus e preconceitos. Na pandemia, porém, as mudanças de hábitos fizeram com que as pessoas buscassem por mais formas de inovar e melhorar os momentos íntimos. Uma pesquisa do Portal Mercadoerotico.org de 2021 mostra que os produtos mais procurados pelos homens são para prolongar e retardar a ereção, enquanto os mais procurados pelas mulheres são os excitantes.
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— A busca por solução é alta, porém, o hábito de auto exploração ainda precisa ser trabalhado já que tanto a excitação feminina quanto a ereção são fases da resposta sexual que precisam ser reajustadas no timing entre os pares de um relacionamento. Os produtos ajudam nessa exploração e descoberta, porém não em todos os casos indicação por profissionais da saúde — Paula Aguiar, especialista em sexualidade e negócios eróticos.
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A Pesquisa Saúde e Bem Estar Sexual no Mercado Erótico conversou com 316 empresas do ramo de todo o Brasil para entender o consumo dos clientes de sex shops brasileiras e a forma de vender dos empreendedores.
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Produtos mais comprados em sex shops
Mulheres:
- Produtos para ficar mais excitada (90%)
- Produtos para ficar mais apertadinha (7%)
- Produtos para disfarçar o cheiro da vagina (3%)
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Homens:
- Produtos para prolongar/retardar a ereção (55%)
- Produtos para excitar a mulher (29%)
- Produtos para aumentar o pênis (16%)
Mercado erótico
Segundo a pesquisa, cerca de 100 mil pessoas estão empregadas no mercado erótico brasileiro. Esse ramo foi um dos que cresceu na pandemia e, por isso, agregou pessoas e novas empresas em meio à crise. Em 2020, o número de empreendedores triplicou em relação a 2019.
A sexóloga de Joinville, Cláudia Petry, afirma que o número de vendas da sua empresa, a Sussurra Boutique Sensual, seguiu essa tendência e o número de vendas aumentou 72% em 2020. A especialista afirma que, além dos produtos mais consumidos pelos clientes, indicados pela pesquisa, mulheres também buscam vibrador para o próprio prazer.
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O desafio de 2021 para Cláudia é manter o mesmo patamar de vendas do ano passado, que foi anormal. Mas, segundo ela, o mercado está aquecido e as vendas ainda estão melhores que os anos anteriores.
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A Sussurra, loja do Norte catarinense, foi criada em 2012 como uma loja física. O espaço online foi inaugurado em 2019. Em março de 2020, quando a pandemia foi decretata, foram as vendas pela internet que sustentaram o faturamento. Assim que a loja física reabriu, porém, o atendimento online diminuiu.
— O nosso grande diferencial é a experiência dentro da loja. Os clientes podem experimentar os cosméticos. Temos uma equipe de venda que tem treinamento de produto e auxilia os clientes — explica Cláudia.
Indicação de médicos
Cerca de 47% dos empreendedores responderam à Pesquisa Saúde e Bem Estar Sexual no Mercado Erótico que seus clientes buscam a sex shop por indicação de um especialista. Paula Aguiar explica que os produtos são usados para auxiliar tratamentos terapêuticos e, desde 2008, há uma ascensão nesse sentido. É nesse cenário que empresas chamadas de “femtech”, startups voltadas à saúde da mulher, cresceram.
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Por outro lado, a pesquisa mostra que os empreendedores aprenderam sobre sexualidade na prática e, dessa forma, auxiliam os clientes na escolha dos produtos. A especialista em sexualidade e negócios eróticos, Paula Aguiar, explica que o Brasil já tem produtos de qualidade para a saúde e o bem estar sexual, mas faltam informações sobre o tema para os empreendedores.
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