A dez dias do Natal, o corre-corre nas ruas do Centro de Joinville pode dizer muito mais sobre a volta do sol e do calor do que sobre as compras de Natal. A expectativa de consumidores e comerciantes é de que o Natal de 2015 seja “retraído” em relação aos anos anteriores.

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Segundo a pesquisa de intenção de compras da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio), o joinvilense deve gastar, em média, R$ 389, valor bem abaixo daquele de anos anteriores.

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De olho na boneca que está do outro lado do vidro, na vitrine de uma loja, as amigas Emily e Amanda sonham com o brinquedo. Ele até está nos planos das mães delas, Neuci dos Santos e Josilene Pires, mas só depois das roupas e calçados, itens considerados de primeiríssima necessidade.

As mães fazem parte de um grupo que é imensa maioria entre os consumidores joinvilenses: os que vão priorizar roupas e calçados na hora das compras de Natal. Juntos, segundo a pesquisa da Fecomércio, esses grupos somam quase 95% dos entrevistados. Outros setores, tão valorizados em natais passados, como perfumaria, cosméticos, utilidades domésticas e informática, estão no fim da lista.

– Em comparação a outros anos, esse está bem fraco. Os primeiros 15 dias de dezembro, nem se compara. Menos gente comprando e, nos fins de semana, as famílias até vêm olhar, mas são poucas compras ainda – diz Fernando Souza, gerente de uma loja de roupas no Centro.

E se o assunto é compra de presentes, Suelen Schmidt e a mãe dela, Márcia Gula Schmidt, têm uma justificativa pronta:

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– Natal é união da família – diz Suelen, enquanto escolhe uma lembrancinha para o pai.

Oportunidade

Mesmo em ano de crise, Natal é oportunidade para quem está perto do seu cliente e tem criatividade. Essa é a opinião da presidente da Associação de Joinville e Região da Pequena, Micro e Média Empresa (Ajorpeme) e consultora Silvana Fioravanti. Ela tem feito palestras para lojistas da cidade e destaca, com otimismo, que “o clima está, sim, retraído em relação a outros anos, mas aquelas empresas que estão próximas de seus clientes, que têm criatividade, talvez não sintam tanto a crise”.

– Talvez não seja o melhor Natal das vidas das pessoas, mas é um momento importante. Quem gastava R$ 100 vai gastar R$ 70, mas é um momento de alegria, de presentear quem se ama. É uma oportunidade que está aí, e aproveita melhor quem está próximo dos clientes e tem criatividade – diz.

Como o consumidor pretende fazer em relação às viagens no fim do ano:

Vai viajar no Natal e no Ano-novo?

Não irá viajar 51%

Vai viajar nos dois feriados 27,7%

Só no Ano-novo 9,7%

Só no Natal 4,3%

Não sabe ou não respondeu 7,3%