O cenário externo conturbado e o mercado interno desaquecido estão deixando os executivos das empresas do Norte do Estado cada vez mais cautelosos.
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– A roda está girando com menos força-, diz o professor Ricardo della Santina Torres.
Torres é professor da Sustentare Escola de Negócios e coordenador de estudo que mede o nível de confiança das companhias na região.
Pesquisa feita com 110 empresas mostra que o nível de confiança do setor privado em relação aos negócios caiu para 50,11 pontos no segundo semestre, 4,67% a menos em relação ao levantamento anterior, realizado no início do ano.
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É o menor índice desde que a pesquisa começou a ser realizada, no início de 2011. Valores acima de 50 indicam mais otimismo. Abaixo de 50 sinaliza pessimismo.
O economista aponta que um novo foco de preocupação surgiu nos últimos meses. Se, no início do ano, a maior preocupação era com o mercado externo – redução da atividade econômica europeia e a dificuldade para se encontrar uma solução para a crise -, hoje ela é complementada pelo desaquecimento do mercado interno.
– Houve a redução da atividade econômica, com a alta substancial no dólar em relação ao real e ainda uma expressiva redução na oferta e ao acesso de capital apresentada no mercado doméstico brasileiro.
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Veja o índice de confiança revelado na pesquisa
Quem mais está sentindo o impacto, destaca o professor, são as fábricas. O nível de confiança da indústria em relação aos negócios caiu 6,9% no trimestre. Uma das providências que elas estão tomando é a redução dos estoques.
– Menos vendas se traduzem em queda no ritmo de investimentos e na criação de postos de trabalho na economia-, ressalta Torres.
A criação de novas oportunidades de trabalho com carteira assinada encolheu 33,7% nos cinco primeiros meses do ano em comparação a igual período do ano passado.
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