Pesquisa inédita realizada pela KPMG com 39 executivos de 22 empresas de Joinville e região Norte aponta que 72% das companhias ouvidas admitem aumento das dívidas com instituições financeiras.

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Apesar disso, metade delas aumentou o faturamento no ano passado. Em relação às expectativas para este ano, 18% das empresas preveem queda nas vendas e mais da metade acredita na manutenção ou queda nas margens operacionais. Praticamente seis de cada dez (58%) das companhias entrevistadas faturam mais de R$ 500 milhões por ano.

– Este cenário indica que as dívidas, principalmente com os bancos, devem continuar aumentando. Entretanto, as instituições financeiras estão mais flexíveis a conversar, e as empresas precisam se antecipar para fechar novos acertos porque dessa forma uma renegociação torna-se muito mais fácil – explica o diretor da área de reestruturação da KPMG, Francisco Clemente.

O levantamento também revela que 74% das companhias indicaram que houve redução no quadro de funcionários nos últimos meses. A expectativa dos entrevistados em relação ao quadro funcional indica que um terço deles acredita que haverá diminuição do número de empregados nos próximos seis meses.

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Para 43% dos entrevistados, não haverá diminuição, enquanto que quase um quarto (24%) não soube responder. O amplo estudo da KPMG ainda mostra outros números e sugere outras conclusões interessantes a orientar agentes econômicos.

Um dado indica que nem tudo está tão ruim (e aí depende de como se olha para o copo): metade das empresas aumentou faturamento no ano passado. Se esse é um número razoável, no entanto, 45% apresentaram queda nas margens operacionais no mesmo período. Abaixo, no quadro, estão mais informações apuradas pela KPMG.

DIAGNÓSTICO

– 42% das empresas aumentaram os prazos de recebimento de clientes.

– 50% mantiveram os prazos de pagamento junto a fornecedores.

– 45% aumentaram os níveis de estoque.

– 75% das empresas foram impactadas com a inadimplência.

– 33% delas dizem que este aumento vem acontecendo rapidamente.

– 70% das empresas não têm um política de crédito para clientes em recuperação.

– 20% acreditam que as metas de fluxo de caixa são menos claras que as outras metas da empresa.

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– 75% não precisaram renegociar passivos no último ano.

– 33% pretendem renegociar nos próximos seis meses.

– 33% das empresas aumentaram o endividamento, com um custo maior que o anterior.

– 63% das empresas vão investir somente o que é estritamente necessário para a manutenção do negócio.

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Falta cliente

A disputa por clientes e negócios já chegou a um setor geralmente de bem com o faturamento – o de medicamentos. As cinco lojas localizadas em Joinville da rede de farmácias Raia distribuem em agências bancárias do Itaú, folhetos com propaganda e promoção válida até dia 30 deste mês. Na compra de qualquer produto, o consumidor ganha um brinde. Sinal inequívoco de que a corrida por consumidores já se espalha por todos os lugares.

Assume

O empresário joinvilense Ari Rabaiolli, da Aceville Transportes de Joinville, assume nesta sexta-feira a presidência da Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística de Santa Catarina (Fetrancesc). Substitui Pedro Lopes no cargo.

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Quase secreto

Contrato de empresa fabricante e processadora de cigarros, a se instalar em Mafra, está guardado a sete chaves.

Tecnologias militares

A aliança entre universidade, governo e indústria, que estabelece redes dinâmicas de cooperação envolvendo diversos atores sociais e econômicos, é a fórmula ideal para avançar no desenvolvimento de novas tecnologias militares. A afirmação é do general do Exército Juarez Aparecido Cunha, que participou nesta quinta-feira da reunião do comitê da indústria de defesa (Comdefesa) da Fiesc.

Em 2015, o orçamento do Exército para investimento em ciência e tecnologia foi de R$ 586 milhões. O general revelou que a compra de sistemas complexos é uma das maiores dificuldades do Exército, que exige alta qualificação de capital humano. Ele apresentou o Projeto Amazônia Conectada, que prevê a instalação de 7,8 mil quilômetros de fibra ótica nos leitos dos rios daquela região, interligando 52 municípios e atendendo a 3,8 milhões de habitantes. Com prazo de conclusão até o final deste ano, o projeto tem orçamento aproximado de R$ 600 milhões.

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Vaga

A Ambev possui uma vaga de supervisor de mercado em Joinville a ser preenchida.

Tupy

O Banco Votorantim passa a acompanhar e a fazer análises técnicas e relatórios sobre a Tupy.

Cenários

Ellen Steter, mestre em macroeconomia financeira e economista do Bradesco, fará palestra no Cejas, em Jaraguá do Sul, na próxima segunda-feira. A convite da Acijs, Ellen vai falar sobre o cenário da economia brasileira e fará projeções para o ano que vem.

Comida

Os passageiros que utilizam o Aeroporto de Joinville contam, a partir desta semana, com uma opção de alimentação mais em conta. Foi inaugurada na quarta-feira a Cafeteria Líder, lanchonete com a marca de lanche popular.

Perini

O blumenauense Francisco Carlos Hoffmann é o novo gerente-geral do Perini Business Park. Iniciou a sua atuação em junho e pretende concentrar esforços no aprimoramento da pós-venda do empreendimento. O executivo é técnico eletrotécnico mecânico, bacharel em administração com ênfase em comércio exterior, pós-graduado em engenharia de produção e faz especialização na área de projetos. Possui 12 anos de experiência na área de facilities, com passagens por corporações como o Grupo ABB e Schneider Electric. Substitui Luiz Garanhani.

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