Três dos maiores gargalos de infraestrutura do Sul do País estão no Norte catarinense, segundo o estudo “O Sul Competitivo”, divulgado ontem em Brasília pela CNI e pela Macrologística.

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Os problemas estão em trechos das rodovias BR-376, BR-101 e BR-116, que estariam operando acima de sua capacidade, pelo menos desde 2010. Os maiores problemas ocorrem no verão e quando há picos de demanda.

A preocupação já chegou aos empresários joinvilenses que, nesta semana, se reuniram com executivos da Autopista Litoral Sul, concessionária da BR-376/101, entre Curitiba e Palhoça. É no trecho entre a capital paranaense, Joinville e Itajaí que estão os maiores problemas de saturação.

Sem investimentos, a Macrologística aponta que o trecho Curitiba-Joinville estará usando 262% da capacidade ideal em 2020. E, entre Joinville e Itajaí, 240%.

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O movimento na rodovia está crescendo. A expansão no primeiro semestre foi de 6,92% em relação a igual período do ano passado.

A criação de contornos na região é uma das reivindicações dos empresários. Mas, segundo a Autopista, isto não está previsto nos planos da Agência Nacional de Transportes Terrestres. A prioridade da concessionária é a pavimentação e a sinalização, que devem ser concluídas até dezembro.

A ferrovia que liga Mafra a São Francisco do Sul é outra preocupação da pesquisa. O levantamento ressalta que é necessário a realização de investimentos para que o trecho não chegue em 2020 operando além de sua capacidade.

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Outro problema apontado pela Macrologística, mas que não está entre os maiores, é a falta de linhas de carga para o Aeroporto Lauro Carneiro de Loyola, o que contribuiria para a saturação das rodovias. Um terminal de cargas é uma das prioridades para a Infraero. Ela depende da desapropriação de terrenos. A licitação pode ser realizada no próximo ano.

A pesquisa também aponta que são necessários R$ 70 bilhões em investimentos no Sul para melhorar a infraestrutura na região.