De 500 testes rápidos aplicados em moradores de Criciúma na última semana, 11 deram positivo para o coronavírus. A partir dessa amostra, é possível projetar que entre 4,5 e 4,9 mil pessoas podem ter o vírus na cidade, conforme pesquisa realizada pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) e a Secretaria Municipal de Saúde.
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Os testes rápidos foram aplicados em seis macrorregiões, e em todas foram encontradas pessoas infectadas. Os 11 casos positivados são 2,2% do total de entrevistados, o que representa cerca de 4.735 casos de Covid-19 em Criciúma. Com a margem de erro, o número pode ser entre 4.525 e 4.942 pessoas infectadas segundo o matemático e doutor em Ciências da Saúde da Unesc, Kristian Madeira.
Conforme a pesquisa, das 11 pessoas diagnosticadas, apenas uma está curada, sendo que 50% eram assintomáticos e 50% eram sintomáticos segundo a Secretaria de Saúde. Os testes são aplicados por profissionais da saúde de Criciúma e encaminhados ao Laboratório Municipal, onde os casos são confirmados ou descartados.
– Com esses números vamos aprofundar os estudos e buscar ferramentas para conter a transmissão do novo coronavírus em Criciúma. Os resultados são preliminares e a pesquisa vai continuar na próxima semana, com mais coletas – explica o secretário municipal de Saúde, Acélio Casagrande.
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Os testes foram aplicados em homens e mulheres, de diferentes faixas etárias, e a maioria dos positivados são mulheres, nove dos 11 casos. Conforme o matemático, a amostragem aponta ainda que as faixas etárias mais atingidas são de pessoas com 25 a 34 anos, e o grupo de risco com mais de 60 anos.
Até o momento, o Governo do Estado informa que Criciúma tem 54 casos confirmados da doença, com quatro óbitos. Os números da Vigilância Epidemiológica municipal são maiores, pois levam em consideração também os casos detectados nos testes rápidos. Segundo o último boletim divulgado no domingo (26), Criciúma tem 111 casos de coronavírus, sendo 44 curados da doença.
A população de Criciúma estimada pelo IBGE é de 215,1 mil pessoas, e por isso mais testes rápidos serão aplicados para que a amostra da pesquisa seja ainda mais precisa. Conforme a reitora da Universidade Luciane Bisognin Ceretta, a análise dos números e o monitoramento semanal continuam.
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