Pesquisa da UFSC mapeia sentimentos dos usuários durante o jogo do Brasil usando hashtags

A pesquisadora Rita Paulino, chefe do Laboratório de Suporte Operacional e

Pesquisa aos Produtos Jornalísticos (Labprojor) do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) conduziu um estudo experimental durante a estreia da Seleção Brasileira na Copa do Mundo. Durante a partida, os sentimentos dos usuários de redes sociais foram mapeados a partir das hashtags usadas nos comentários que faziam no Twitter, Facebook e Flickr em todo o mundo.

O resultado aponta que havia negatividade até o início da partida, mas a vitória brasileira deu lugar a sentimentos positivos sobre o time. O objetivo da pesquisa foi testar três ferramentas que detectam análises de sentimentos via redes sociais: Sentiment140,Blackbird e Socialmention.

Mapa dos termos mais usados nas redes sociais durante Brasil x Croácia. Reprodução da Internet

– Antes do jogo do Brasil, verifiquei um sentimento negativo, acredito que devido às manifestações, contudo depois da vitória do Brasil, o sentimento mudou. Quando aos termos mais citados, vemos Oscar, Neymar e Marcelo. – explica Paulino.

– Cada ferramenta tem uma forma de fazer a extração e análise. Ainda não achei a ferramenta ideal, mas a Socialmention foi a mais efetiva e com mais resultados para as análises que quero fazer. – complementa.

O próximo passo é fazer as relações dos termos citados com os acontecimentos e sentimentos levantados pela pesquisa.

Como foi feito o estudo

Os softwares fazem a extração dos dados no momento escolhido pelo pesquisador e salvam os parâmetros em tabelas. Depois é preciso usar um programa de visualização

de dados, no caso, o Raw, para tornar a informação visualmente atrativa. O tamanho dos círculos dá noção de ênfase.

– Há muito o que fazer ainda. Vou analisar todos os jogos do Brasil e depois montar

visualizações para verificar sentimentos e informações que estão às vezes implícitas

nos montantes de tweets e posts e relacionamentos apresentados em redes sociais. – finaliza a pesquisadora.