A compra de produtos de cama, mesa e banho deixou de ser uma atividade exclusiva da mulher. Eles também estão indo às compras. De acordo com um estudo apresentado nesta terça-feira pelo Instituto de Estudos e Marketing Industrial (Iemi), no primeiro dia da Texfair Home, do total de pessoas que adquirem produtos têxteis para a casa, 18% são homens.

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O número representa um crescimento de 12 pontos percentuais nos últimos seis anos. Enquanto isso, a representatividade das mulheres neste tipo de aquisição caiu de 94% para 82%. O avanço dos homens como consumidores dos produtos de cama, mesa e banho é reflexo da formação da composição dos lares brasileiros e da melhora de renda da metade dos anos 2000 em diante.

O coordenador do Sistema de Informações Gerenciais de Apoio à Decisão (Sigad) do Instituto Furb, Nazareno Schmoeller, explica que antes a preferência era morar em família para dividir os custos. Agora, com a renda em ascensão e mais crédito, está mais fácil de uma pessoa conseguir sustentar sozinha uma casa.

No Censo feito pelo IBGE divulgado ano passado, em Blumenau há 12 mil pessoas morando sozinhas. Crescimento de 77,2% na última década. Com mais dinheiro no bolso, mais pessoas têm dinheiro para investir em conforto.

Apesar de o público masculino estar deixando de lado a premissa de que é exclusividade da mulher as compras dos têxteis para a casa, ele ainda é inseguro e compra só quando realmente precisa. A pesquisa do Iemi mostra que do total de homens que foram às lojas, 89% foram acompanhados de alguém que lhe ajudasse a decidir.

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Enquanto isso, 52% do total de mulheres foram sozinhas às compras. Marcelo Villin Prado, diretor do Iemi, explica que por conta de ser um fenômeno recente, o homem ainda não tem experiência em comprar este tipo de artigo nem gosto muito definido. O levantamento também mostrou que eles se encaixam no perfil de consumidor pragmático, que compra para substituir uma peça velha ou desgastada, opta pela praticidade e qualidade e está disposto a gastar mais.