Para recordar a infância, comer bem, vencer o estresse, exercitar a paciência ou simplesmente para passar um dia agradável sozinho, com amigos ou ao lado da família. Seja qual for o motivo, quem escolhe um pesque-pague ou pesque-solte como opção de lazer tem garantia de passar momentos agradáveis em meio ao verde, à água, e a boa gastronomia, tudo, sem sair de Joinville. A cidade tem pelo menos 17 deles e, por isso, hoje a série “Roteiros de Verão” te leva até a área rural do bairro Vila Nova para mostrar um pouco dessa experiência chamada pescaria:

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Os anfitriões

Joinvilense raiz, o Pesque e Pague Piraí fica a pouco mais de 10 quilômetros do Centro de Joinville e chega a receber em torno de mil pessoas nos finais de semana de verão, vindos principalmente de Joinville, Campo Alegre, Curitiba e Jaraguá do Sul. A propriedade foi erguida por Erico Kath, que realizou o sonho de criar peixes na década de 1990, e em 1996 recebeu os primeiros clientes num pequeno ranchinho feito com pedaços de madeira enterrados no chão de barro, tendo a pesca como única atração. Hoje, passados mais de 20 anos, o estabelecimento é administrado pela filha de Erico, Mírian Kath Will e seu marido, José Valdecir Will, e tem estrutura bem diferente dos primeiros anos: são dois galpões/restaurantes com capacidade para quase 800 pessoas, três açudes para pescaria, além de criadouros de tilápia, carpa e pacu, e um visual repleto de palmeiras e verde. São impressionantes quatro toneladas de peixes nos tanques, repostos semana a semana.

O fileteiro

Um dos principais serviços realizados no pesque-pague é a limpeza do pescado, atividade desenvolvida pelo fileteiro Elton Almeida, que trabalha há pelo menos dois anos no Pesque e Pague Piraí. E ele garante: em dois minutos é possível limpar até 1,5 quilo de peixe, o que possibilita que em um único final de semana uma tonelada de peixes possam ser limpos. Desafiado pela equipe de reportagem, Elton limpou uma tilápia de 1.934 quilos, e com o tempo cronometrado comprovou a rapidez sem tirar o sorriso do rosto. Segundo ele, tirando os clientes que têm prazer de limpar o peixe em casa, a maioria prefere o serviço adicional e sai com um novo amigo e o peixe pronto para levar à frigideira ou ao forno.

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Comida de encher os olhos

Para quem é bom de garfo, antes ou depois da pesca confraternizar em volta da mesa é um convite e tanto para bons papos, risadas e atiçar o paladar. Com uma ampla variedade de pratos, porções e petiscos à la carte, o pesque-pague pode reservar experiências gastronômicas interessantes e baratas. Meio quilo de filé de tilápia, especialidade da casa, custa em média R$ 27 cada porção e serve até duas pessoas. Há ainda acompanhamentos diversos com custos adicionais como aipim frito com bacon, arroz, feijão e salada, por exemplo. Em uma refeição completa para cerca de quatro pessoas composta por onion rings, aipim frito, aipim com bacon, bolinho de peixe, batata frita, lambari e o filé de tilápia, em uma conta rápida o valor total alcança R$ 105. Nada mal para quem decidir “rachar” a conta.

Atrativo familiar

Em seu aniversário, Everson Claro não teve dúvida na escolha da programação que queria fazer para comemorar a chegada dos seus 43 anos: a pesca. Ele tomou gosto pela atividade ainda criança por incentivo do pai e aproveitou a data para compartilhar seu hobby com a esposa, Débora, o cunhado, Lucas Silva, e os filhos Carlane e Cauê. Com a meta de que cada um deles pegasse ao menos dois peixes, o balaio já estava quase completo e com nove tilápias, quando a equipe de AN decidiu participar da festa na última sexta-feira.

– Hoje a criançada está empolgada e essa aqui (aponta para a mulher), que não pescava, foi a que mais deu prejuízo. Ela encheu o baldinho – brincou ao fazer o cálculo do gasto, de pelo menos R$ 150.

— Gasta um pouco, mas vale pela diversão, e porque pescaria é bom para relaxar, ficar concentrado, fora que depois a gente come bem — concluiu.

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De pai para filho

Em meia hora de pescaria, Fabiano Laurenci, 38, e o filho dele, Gabriel, 9, não estavam com tanta sorte assim e os peixes ainda não tinham aparecido por volta das 16h de sexta-feira quando a reportagem os abordou. Tristeza? Que nada! Pegar os peixes era só um detalhe perto da iniciativa do passeio, de proporcionar um dia entre pai e filho durante as férias escolares.

– Viemos por causa das férias dele, eu era acostumado a pescar com meu pai quando pequeno e já levei o Gabriel para outros lugares, mas neste pesque-pague é a primeira vez e ele adorou. Além da qualidade e da comida, a atividade traz relaxamento – diz.

Dicas para um bom pescador

Pode

• Levar material de pesca como varas, molinetes e iscas.

• Reservar com antecedência almoço para grandes grupos.

• Alugar vara no local. O aluguel custa R$ 1,50 e acompanha as iscas.

• Entrar com comida.

Não pode

• Soltar os peixes após retirados da água.

• Jogar lixo fora das lixeiras.

• Maltratar os animais e plantas.

• Entrar com bebidas e animais.

Confira algumas opções para aproveitar a pescaria:

Pesque e Pague Piraí

Estrada do Atalho, S/N, Vila Nova (Logo após o km 4 da SC-108)

Informações: (47) 3439-5180

Pesque e Pague Artmann

• Localização: Estrada do Pico, 7.100, Pirabeiraba

• Informações: (47) 99674-9061

Pesque-Pague Krüguer

• Localização: Estrada Motucas, Vila Nova

• Informações: (47) 99108-6814

Pesque Pague Paraná

• Localização: Rua Augusto Struck, Rio Bonito

• Informações: (47) 8862-9513

Pesque Pague Roda d’ Água

• Localização: Estrada Motucas, Vila Nova

• Informações: (47) 99183-2634

Pesque Pague São Francisco

• Localização: Rodovia SC – 301, s/n – Dona Francisca, Pirabeiraba

• Informações: (47) 3428-0484

Pesque-Pague Sítio 3 Lagoas

• Localização: Estrada do Salto II, Vila Nova

• Informações: (47) 99108-3623

Pesque-Pague Zoller

• Localização: Estrada do Salto 1, s/n – Poste 44, Vila Nova

• Informações: (47) 3023-8950

Recanto do Nono – Pesque e Pague

• Localização: Rua Ronco d’Água, Itinga

• Informações: (47) 3463-1257