A demora na liberação das licenças para a pesca da tainha fez com que os pescadores industriais de Itajaí organizassem um protesto na manhã desta quarta-feira. O grupo também formou uma comissão para tentar resolver o impasse com o Governo Federal. Além da demora na emissão do documento, eles querem antecipar o período da pesca da espécie.

Continua depois da publicidade

Enquanto os pescadores artesanais já estão trabalhando, os industriais só podem partir para alto mar em 1º de junho. A determinação começou a valer no ano passado e, segundo os pescadores, dificulta a captura dos cardumes de tainha.

– O peixe está no nosso litoral, está passando e o artesanal está matando a minoria. Conforme pescadores comunicaram para a gente, a maioria dos cardumes de tainha está passando por fora e não podemos matar porque não temos licença – reclama o presidente do Sitrapesca, Eros Aristeu Martins.

Na manifestação desta quarta, os pescadores industriais também protestaram contra o número de barcos autorizados a capturar tainha. Há oito anos, eram 120 e, na safra de 2015, apenas 31 receberam a licença em Santa Catarina. Este ano, o Ministério do Meio Ambiente informou que 40 vão poder pescar tainha em todo o Brasil.

Continua depois da publicidade

– Quarenta barcos são 5% das embarcações, então mais de 90% dos pescadores vão ficar sem trabalho – afirma o mestre de barco, Cilsaro Martins.

Durante a tarde a comissão formada pelos pescadores fez a primeira reunião e decidiu marcar um novo encontro com a presença de um representante do Sindicato das Indústrias da Pesca de Itajaí e região (Sindipi).

Por meio de nota, o Sindipi informou que está trabalhando para obter informações sobre a safra da tainha deste ano. Porém, apesar dos contatos feitos, até agora não obteve resposta. A entidade disse ainda que estará em Brasília nesta semana para uma reunião do Conselho Nacional de Aquicultura e Pesca (Conepe) e tentará novamente se inteirar sobre o assunto, respeitando a legalidade dos procedimentos.

Continua depois da publicidade

*Com informações de Bianca Ingletto, RBSTV.