Pescadores de São Francisco do Sul iniciaram esta semana um movimento para processar a empresa de navegação Norsul, dona da embarcação que virou, há 24 dias, na entrada do porto de São Francisco do Sul.
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Os pescadores alegam que ninguém mais compra os produtos, por receio de contaminação, já que houve vazamento de óleo da barcaça.
A Colônia de Pescadores Z2 contratou uma equipe de advogados ambientais de Curitiba (PR). Até esta quinta, quase 300 pescadores, da Vila da Glória e da região de Iperoba, já tinham encaminhado a documentação para entrar com a ação. A cidade tem cerca de 1,8 mil pescadores, dos quais 1,2 mil são cadastrados à colônia. O advogado Saulo Bonat de Mello acredita que cerca de mil pescadores têm interesse em processar a Norsul.
Para o presidente da colônia, Ismael dos Santos, a ação é necessária porque não houve como negociar os prejuízos.
Por meio da assessoria de imprensa, a empresa de navegação afirmou que nunca foi procurada pelos pescadores e que está aberta a conversas.
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Segundo o advogado Saulo, os reflexos do vazamento podem durar até dez anos, já que a recuperação do meio ambiente é demorada. O defensor ainda não fala em valores. Para ele, cada pescador tem uma realidade diferente.
Para cada pescador que entrar com a ação serão pedidas indenizações por três danos diferentes – materiais imediatos, materiais futuros e morais.
Nesta sexta-feira, a equipe de advogados estará no Centro de São Francisco do Sul, para agilizar mais ações. Nos próximos dias, ainda passarão pelas praias de Paulas e Enseada, além do município de Itapoá. E os pescadores que não conseguirem entrar com a ação durante os próximos dias, ainda poderão procurar a Colônia de Pescadores.