A captura de um mero nas águas da Baía Norte, em Florianópolis, pode virar caso de polícia. Na noite de sexta-feira passada, dia 28, Daniel de Siqueira pescou um animal de 30 quilos, que pensava se tratar de um exemplar da espécie conhecida como “badejo branco”.
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As imagens do peixe foram ao ar na RBS TV no sábado e chamaram a atenção de pesquisadores do projeto Meros do Brasil, da Universidade do Vale do Itajaí (Univali).
A pesca e a comercialização do mero está proibida em todo o território nacional desde 2002. A Lei de Crimes Ambientais prevê multa e pena de reclusão entre um a três anos para quem descumprir a norma.
Os especialistas pretendem encaminhar as imagens para o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama).
Daniel de Siqueira disse que não sabia que o pescado era de uma espécie em extinção e assegurou que, se soubesse, não teria retirado o animal da água. O peixe foi fisgado nas proximidades da ilha dos Guarás, utilizando camarões vivos como isca.
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A espécie
A espécie Epinephelus itajara pode chegar a medir três metros de comprimento e até 400 quilos de peso. O animal vive em águas tropicais temperadas em zonas litorâneas.
O Mero é da mesma família das garoupas e dos chernes. A pesca descontrolada e a degradação do habitat natural do Mero dizimou a espécie, que tem longo tempo de reprodução e taxas de crescimento lentas.