Chegou o frio, o manezinho logo pensa na tainha que vai comer escalada, no forno, frita, com ou sem ova, seja em casa ou na beira da Lagoa da Conceição. A safra para pesca artesanal, que é tradicional na capital catarinense, iniciou em maio e termina apenas no final de julho.
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As expectativas são otimistas, principalmente com a previsão de frio nos próximos dias. Tudo indica que será uma safra farta. No ano passado, foram capturadas 217 mil tainhas, e neste ano são esperados, no mínimo, 300 mil peixes. Não há limite de captura na modalidade artesanal.
De acordo com a Superintendência de Pesca, Maricultura e Agricultura da Prefeitura de Florianópolis, neste ano a capital conta com 40 ranchos envolvidos diretamente no arrasto. Cada rancho conta em média com 30 pessoas, entre pescadores, camaradas e olheiros.
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Segundo a prefeitura, a Superintendência da Pesca vai diariamente às praias oferecer orientações e o apoio aos pescadores envolvidos na safra. Nessa época, muitos correm atrás da Nota de Produtor, que comprova a atividade da pesca e garante os direitos previdenciários, e a Superintendência realiza o cadastro, além de auxiliar na emissão. Também realiza a orientação das coordenadas de pesca, junto a Polícia Ambiental, para que sejam mantidas as do ano passado. Foram oferecidos banheiros químicos e iluminação em todos ranchos provisórios.
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Pescadores artesanais tiveram curso de formação em educação ambiental na capital
Durante a preparação do município para a safra da tainha deste ano, a Prefeitura, por meio da Floram e da Secretaria Municipal de Turismo, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, realizou em abril o Curso de Formação em Educação Ambiental para Pescadores Artesanais, na Lagoa do Peri e no Córrego Grande.
A atividade foi obrigatória visando a emissão da autorização municipal de rancho provisório para a safra da tainha. O curso trouxe informações sobre o uso sustentável dos recursos pesqueiros e para a preservação e a conservação do meio ambiente, além de fornecer autorização válida por dois anos.
Segundo a Superintendência de Pesca, o Departamento de Educação Ambiental e o Departamento de Unidades de Conservação da Floram farão uma ação a partir da semana que vem nos ranchos de pesca provisórios e permanentes. Será realizado o plantio de espécies de restinga. Os educadores ambientais vão conversar com os pescadores sobre a importância da conservação da vegetação e sobre manter as praias limpas.
Aloha e atenção, surfistas
Mesmo com o frio, tem surfista que não fica mais de uma semana longe das águas. Mas, com a pesca a pleno vapor, os praticantes do surf precisam restringir as atividades a alguns pontos. Durante a temporada, o surf fica proibido em algumas praias e liberado em outras. Mas onde surfar? No Norte da Ilha, o surf está liberado até 500 metros para a direita da Praia do Moçambique. No Leste, toda a extensão da Praia Mole e da Praia da Joaquina estão liberadas.
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Além disso, no sul da Ilha, até 500 metros do canto esquerdo da Praia da Armação, assim como até a mesma medida dos cantos esquerdos das praias do Matadeiro e da Lagoinha do Leste.
Conhece os benefícios do pescado?
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) recomenda a ingestão de peixes duas ou mais vezes por semana. O brasileiro ainda possui baixo consumo de pescado, mas quem mora em Florianópolis pode contribuir para tentar reverter este dado. Pode procurar no rancho ou no mercado público: o quilo da tainha está muito mais barato do que o da carne. Além de pesar menos no bolso, a tainha tem diversos outros benefícios – e nem estamos citando as ovas, quando elas chegam à mesa recheadas.
O esse peixe de água salgada é uma ótima fonte de proteínas e de gordura boa, de acordo com nutricionistas. Com sabor acentuado e característico, a tainha pode ser consumida com cozido, recheada, frita e até em sushis, crua. Além disso, conta com nutrientes importantes, como cálcio e fósforo.
Para mais detalhes sobre a Superintendência da Pesca ou a atividade de arrasto, confira o portal da Prefeitura de Florianópolis.
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