A peruana Sofia Mulanovich trouxe pela primeira vez na história um troféu de título mundial do ASP World Championship Tour (WCT) para a América do Sul. Com apenas 21 anos de idade e em sua primeira temporada na elite do surfe profissional feminino, Sofia repetiu o feito do havaiano Andy Irons e também confirmou o primeiro lugar no ranking na penúltima etapa da temporada.
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O mais novo fenômeno do esporte já tinha vencido três das cinco provas realizadas antes das finais no Havaí e se consagrou campeã mundial quando passou pela catarinense Jacqueline Silva nas semifinais.
Na bateria decisiva, a dona da coroa de número 1 nos seis últimos anos, Layne Beachley, venceu o Roxy Pro no sábado, dia 20, mas a festa maior no pódio foi de Sofia Mulanovich, que terminou em segundo lugar, com Chelsea Georgeson em terceiro e a cearense Tita Tavares na quarta colocação em sua segunda final consecutiva nas ondas de Haleiwa.
Na grande final, Beachley mostrou toda sua experiência nas ondas havaianas, escolheu as melhores ondas e não teve dificuldades para conquistar sua primeira vitória no ano com duas notas na casa dos seis pontos.
Com 13,26 pontos, a hexacampeã mundial faturou o prêmio máximo de 20 mil dólares e assumiu a terceira posição no ranking. Sofia Mulanovich marcou 9,34 pontos e levou 12 mil dólares. Chelsea Georgeson ganhou 9 mil dólares pelo terceiro lugar, e Tita Tavares ficou com 7 mil dólares.
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Com a vitória da hexacampeã mundial Layne Beachley e o terceiro lugar de Chelsea Georgeson, as australianas ganharam a terceira e quarta posições das brasileiras no ranking do WCT 2004.
Jacqueline Silva não conseguiu pegar boas ondas para poder barrar a peruana nas semifinais e levar a decisão do título para a última etapa, que será disputada entre os dias 8 e 20 de dezembro em Honolua Bay, na Ilha de Maui.
Depois de registrar imbatíveis 15,84 pontos logo na bateria inaugural do Roxy Pro, Jacqueline também fez a maior pontuação nas quartas-de-final (13,67 pontos), mas nas semifinais faltou onda para a catarinense poder repetir suas boas atuações em Haleiwa.
O sábado começou com séries de 1m50cm de altura, mas elas chegaram a atingir o dobro disso durante o dia e em algumas baterias fechavam rapidamente.
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Com isso, quem conseguia pegar uma onda boa durante a maioria das baterias praticamente confirmava a classificação. Dessa vez, quem brilhou foi a australiana Chelsea Georgeson, que superou todas as marcas da brasileira.
Recebeu nota 9,17 em sua melhor onda, e, com a 7,17 que ganhou na anterior, totalizou 16,34 pontos para bater a nota 8,17 e os 15,84 pontos de Jacque Silva. Sofia Mulanovich também tinha três ondas fracas como a catarinense, mas achou uma boa e uma nota 6,17 acabou confirmando o título mundial.
Antes disso, ela tinha faturado o título de campeã no ISA Surfing Games num ano incrível para a peruana de somente 21 anos de idade. As condições do mar estavam difíceis, e na outra semifinal a cearense Tita Tavares também se classificou com uma única onda boa, nota 8,10, tirando as duas últimas havaianas da decisão.
A australiana Layne Beachley abriu a bateria com uma nota 8,17, enquanto Tita ganhou a briga pela última vaga no pódio de Keala Kennelly e Melanie Bartels, vice-campeã do Roxy Pro de Haleiwa no ano passado.
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A baixinha também já tinha colaborado bastante para a conquista antecipada da peruana, quando despachou a vice-líder do ranking e também havaiana Rochelle Ballard nas quartas-de-final.