O Peru iniciou uma campanha de entrega de preservativos para evitar os casos de zika por transmissão sexual, após a confirmação no fim de semana do primeiro caso que teve origem no país, informou o Ministério da Saúde.
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“É importante informar a população de que é possível contrair a doença não só através da picada do mosquito, mas também por via sexual. Por isso se recomenda que os casais usem preservativo, principalmente se a mulher estiver grávida, já que neste caso o risco é maior”, disse à imprensa Percy Minaya, vice-ministro da Saúde.
Minaya supervisionou na terça-feira a entrega de folhetos e preservativos no aeroporto internacional Jorge Chávez, em Callao (a 10 km de Lima), especialmente a passageiros que chegavam de países afetados pelo zika vírus.
O ministro prevê realizar campanhas em outros aeroportos, em zonas de fronteira e em portos marítimos.
A campanha faz parte de uma série de ações para prevenir o zika, que permitiram que ainda não se tenha detectado uma epidemia no Peru, ressaltou Minaya.
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No sábado, o ministro da Saúde, Aníbal Velásquez, revelou o primeiro caso autóctone de zika. Tratava-se de uma pessoa de 32 anos, que mora no distrito de La Molina, em Lima, e contraiu a doença porque teve relações sexuais com o companheiro(a), que apresentava os sintomas.
O vírus teria sido contraído durante uma viagem recente a Maturín, na Venezuela. Ambos já estão recuperados.
Até então, o ministério tinha registrado casos importados do zika vírus em pacientes peruanos que regressavam do Brasil, da Isla Margarita (Venezuela), e também de cidadãos venezuelanos que tinham estado em seu país de origem.
O primeiro caso foi registrado no dia 29 de janeiro deste ano em um cidadão venezuelano residente no Peru que tinha estado na Venezuela e na Colômbia.
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