O Peru acionou nesta quinta-feira um comitê de emergência sanitária para evitar a propagação do vírus da zika no seu território, após registrar 91 casos no país – 77 autóctones e 14 importados, informou o Ministério da Saúde.

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O vírus foi detectado em localidades do norte – a província de Jaén, no departamento de Cajamarca; Yurimaguas, em Amazonas; Zarumilla, em Tumbes; e Tocache, em San Martín – e do oeste – na cidade de Pucallpa, em Ucayalí. Do total de casos, 34 são de mulheres grávidas.

O zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, se propagou rapidamente pela América Latina desde 2015.

O vírus, que também pode ser transmitido por contato sexual, pode causar microcefalia em fetos – malformação grave que prejudica o desenvolvimento – e problemas neurológicos em adultos, como a síndrome de Guillain-Barré, que causa paralisia e pode levar à morte.

“Em todas as regiões foram tomadas ações de prevenção e controle, temos um plano de preparação de resposta que consiste na emissão de alertas e na instalação do centro de operações de emergência”, disse em uma coletiva de imprensa o vice-ministro da Saúde, Percy Minaya.

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A vigilância será reforçada com ovitrampas – armadilhas para evitar a proliferação do mosquito – e com a instalação de um cerco epidemiológico.

O primeiro caso de infecção pelo zika no país foi registrado em 29 de janeiro deste ano em um cidadão venezuelano que tinha estado na Venezuela e na Colômbia antes de regressar ao Peru, onde mora. Desde então, os casos tinham sido esporádicos e, em sua maioria, importados.

O Peru mantém uma vigilância estrita da presença do Aedes aegypti em 392 distritos onde existem antecedentes de dengue, também transmitida pelo mosquito.

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