Pérolas da semana: CPIs lá e cá

“Tal resumo era técnica e juridicamente falho, pois omitia qualquer referência às cláusulas Marlim e de Put Option que integravam o contrato, que, se conhecidas, seguramente não seriam aprovadas pelo Conselho.”

Nota oficial da presidente Dilma Rousseff, por meio da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, que desencadeou uma série de “disse não disse” sobre a compra, pela Petrobras, de uma refinaria por um preço 28 vezes maior do que a vendedora havia pago.

“O cidadão que é acusado pela nota da Presidência da República de ter sido responsável por levá-la (Dilma) a um equívoco foi promovido nesse governo.”

Aécio Neves (PSDB) sobre a ascensão do ex-diretor da área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, à diretoria financeira da BR Distribuidora.

“Está cheirando mal, muito mal esse negócio.”

Rubens Bueno, líder do PPS na Câmara dos Deputados, defendendo a criação de uma CPI da Petrobras.

“Acho que o momento eleitoral não é o mais propício. Não sou favorável a partidarizar. Mas se o governo não apurar direitinho, abre espaço [para CPI]”

Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso se declarando contra a criação da CPI da Petrobras e indo contra a atuação de seu partido, o PSDB, no Congresso.

“É a primeira vez no Brasil que uma comissão parlamentar de inquérito vai investigar ato do Ministério Público”

Jailson Lima (PT) comemorando a adesão em massa do PMDB à criação da CPI do MP, que virou a CPI da Casa Rosa, em represália às repercussões da denúncia do Ministério Público contra Romildo Titon. Agora tem 19 assinaturas, para o mínimo necessário de 14.

“O TCE apontou que, entre 2002 e 2013, houve gastos de R$ 113 milhões com a manutenção dos acessos de uma ponte que não tem acessos, que está há tempos fechada”

Deputado estadual Amauri Soares (PSOL) pedindo a criação de uma CPI para investigar os gastos na Ponte Hercílio Luz. Proposta que o próprio admite ser difícil vingar por PMDB, PSDB e PSD, as maiores bancadas, terem estado à frente do governo no período.