O ator Vinícius de Oliveira, 30 anos, esteve em Florianópolis na sexta (17) para representar o elenco de Boi Neon, filme do pernambucano Gabriel Mascaro premiadíssimo mundo afora, na abertura do 20º FAM (Florianópolis Audiovisual Mercosul). Para quem não lembra, Oliveira interpretou o menino Josué em Central do Brasil, longa-metragem de 1998 dirigido por Walter Salles que marcou a retomada do cinema nacional no final dos anos 1990.
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De lá para cá, Oliveira viu a evolução – ou nem tanto – da produção cinematográfica brasileira. Para ele, é em Pernambuco onde se produz hoje o melhor cinema do Brasil.
— Tem força e dialoga com um público maior. Trouxe de volta o questionamento: que país é este? — opina.
Ele se refere justamente ao que Central do Brasil e outros filmes lançados na época fizeram: indagar o que estava acontecendo no país.
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— Central do Brasil marcou e cristalizou a retomada do cinema nacional. Pegou bem o momento depois da era Collor, período que o cinema muito perdeu. Nessa época vieram à tona filmes que contavam histórias sobre o país e questionavam — diz.
Com salas de cinema sendo incorporadas aos espaços dos shopping centers, em paralelo foi surgindo uma safra de comédias e filmes comerciais no mesmo estilo das telenovelas, um formato com o qual o grande público é acostumado. Uma fórmula de entretenimento.
— Não tinha mais a reflexão. O cinema pernambucano está recuperando isso.
Além da participação em Boi Neon, Oliveira estreia no começo do segundo semestre a série Unidade Básica, junto com Caco Ciocler. É uma produção exclusiva do canal pago Universal Channel.
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