Um relatório obtido pela rede de TV do Catar Al-Jazeera indicou que foram encontrados níveis de polônio radioativo ao menos 18 vezes acima do normal nos restos mortais do líder palestino Yasser Arafat. Os testes foram realizados pelo Centro Universitário de Medicina Legal em Lausanne, na Suíça. O polônio-210 estava concentrado em suas costelas e em sua pélvis.
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Os cientistas envolvidos na pesquisa afirmam, em um relatório de 108 páginas, ter até 83% de confiança de que Arafat foi envenenado, provavelmente sua causa de morte.
– Estamos revelando um crime real, um assassinato político – disse a viúva, Suha Arafat, à agência Reuters, em Paris, depois de receber o laudo.
O líder palestino morreu em um hospital francês em 2004, mas as causas de sua morte nunca foram determinadas. Muitos palestinos acreditam que Israel envenenou Arafat, uma acusação que Israel nega. Na ocasião da morte, não foi feita uma autópsia.
No ano passado, um laboratório suíço descobriu traços de polônio-210 em roupas de Arafat entregues pela viúva, Suha. Os restos foram exumados em novembro de 2012 e amostras coletadas também por peritos russos e franceses, além dos suíços.
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Os russos, semanas atrás, concluíram que não havia polônio nos restos de Arafat. Os resultados da perícia realizada por franceses ainda não foram divulgados.