Abrindo o debate sobre liderança na Expogestão desta sexta-feira, o perito em gestão executiva e atração internacional do evento em 2014, professor Charles-Henri Besseyre Des Horts, discutiu o futuro dos recursos humanos na indústria nacional e internacional.
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Horts, que é especialista da Escola de Altos Estudos Comerciais da HEC Paris, resgatou quais as mudanças mais significativas que aconteceram nas últimas décadas dentro das organizações e projetou os melhores caminhos que o empreendedor deve ter em mente para os próximos anos no mercado.
Segundo o perito, o primeiro fator que se deve levar em conta parte de um estudo da revista Financial Times, que apontou as 100 melhores empresas para se trabalhar no mundo. O estudo apontou que, desse ranking, 60% das empresas que mais se destacaram foram as que investiram nos seus funcionários.
– A proximidade com as pessoas gera oportunidades de troca de experiências e ideias. É uma forma da empresa aproveitar o potencial criativo dos seus colaboradores – defendeu Horts.
A palestra, que foi toda em inglês e traduzida simultaneamente para os mais de 1,2 mil presentes, foi dividida em três grandes momentos, onde Horts explicou os três processos que devem ser priorizados pelo empresários nos próximos anos. São eles: a evolução nos recursos humanos, a gestão de práticas críticas e os domínios de transformação, com destaque especial para o último item.
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– O domínio da transformação se refere à readaptação das empresas, que devem dar tanto valor aos colaboradores quando dão aos clientes – disse Horts, explicando ainda que as organizações vivem um momento de heterogeneidade das faixas etárias dos colaboradores, e isso significa ter a habilidade de gerenciar expectativas completamente diferentes dentro do quadro de funcionários.
Segundo o professor, existe atualmente uma política de meritocracia, onde as empresas direcionam suas atenções para a recompensa individual. Em linhas gerais, esse hábito tem seus lados positivos e negativos, mas o que não deve acontecer é a criação de políticas que ignorem a recompensa coletiva da organização.
– Esse reconhecimento coletivo incentiva, inclusive, o compartilhamento de iniciativas originais. A tendência é que o conhecimento desapareça quando não é compartilhado, e a base de todo empreendedor e organização deve ser sempre o conhecimento – destacou Horts.
Para ele, o grande norteador dos estudos empresariais deste século deve ser baseado em como as empresas estão de fato vivendo os recursos humanos e como a sustentabilidade organizacional está sendo planejada e executada. De acordo com ele, a agilidade e a sede por mudanças deve fazer parte do DNA das empresas, bem como o conceito de simetria da atenção – atrair e reter clientes e funcionários – deve ser claro para os gestores.
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