Se para muitas empresas 2015 será de pé no freio, para outras o ano servirá de preparação de terreno, já de olho nos resultados que poderão ser colhidos lá na frente. Quem tem boas projeções para 2016 – sustentadas, em boa parte, pela expectativa de melhora da economia a partir do segundo semestre – precisa começar a se mexer antes, já que a abertura de novas frentes de negócios inclui contratação e treinamento de pessoal, além da própria estabilização da operação. Um ciclo, portanto, que demanda algum tempo.

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A realidade do Perini Business Park, um dos principais condomínios multissetoriais do País, instalado em Joinville, reflete essa tendência. No quarto trimestre de 2014, o complexo empresarial comercializou uma área de 30 mil m² para novos clientes. Somente neste ano, já foram vendidos mais de 15 mil m² até agora. Os espaços serão ocupados por quatro empresas do setor logístico, entre elas companhias da Bélgica e da Alemanha, revela o diretor comercial Jonas Tilp.

Dos 290 mil m² de área construída do Perini, há, hoje, apenas 8 mil m² disponíveis. Diante da ocupação máxima quase esgotada, o parque empresarial vai ampliar seu espaço. Está previsto para o segundo semestre deste ano o início da construção de um novo prédio, que vai adicionar mais 10 mil m² à estrutura já existente, informa Tilp. O investimento será de cerca de R$ 23 milhões.

A ampliação física vai ao encontro do planejamento estratégico do Perini. Hoje, o condomínio tem cerca de 150 empresas de 14 nacionalidades, reúne 7,5 mil trabalhadores e representa 24% do produto interno bruto (PIB) de Joinville e 4,4% da soma de riquezas produzidas em Santa Catarina, segundo estimativa do próprio empreendimento. O objetivo é praticamente dobrar essa estrutura até 2024, com 230 companhias, 16 mil profissionais e 550 mil m² de área construída.

Demanda para atingir essa meta não deve faltar. Para Tilp, apesar do fraco cenário econômico atual, há fatores de sobra para manter o otimismo para os próximos anos.

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– Comparo esse momento (da economia de hoje) como perder da Alemanha de 7 a 1. É o que está acontecendo com as nossas empresas. Precisamos passar por essa vergonha para melhorarmos. Independentemente disso, o Brasil vai continuar tendo a quinta maior extensão territorial do mundo e a maior da América Latina. O País vai continuar sendo o quinto maior mercado consumidor do planeta. Isso tudo vai nos impulsionar – projeta.