As autoridades no Havaí alertaram para um perigoso fenômeno ligado à chegada às águas do oceano Pacífico da lava proveniente do vulcão Kilauea, que entrou em erupção em 3 de maio.

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Dois fluxos de lava “chegaram ao oceano na costa sudeste de Puna durante a noite”, na Grande Ilha do Havaí, disse o serviço geológico americano (USGS), que monitora vulcões e terremotos em todo mundo, em um comunicado divulgado no domingo (20).

Uma fenda se abriu no solo sob um dos canais de lava, “desviando lava para cavidades subterrâneas”, explicou o texto.

O encontro da lava incandescente com a água produz fumaças ácidas, um fenômeno chamado em inglês de “laze” – uma mistura de “lava” e “haze” (névoa).

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“A nuvem de fumaça é uma mistura irritante de ácido clorídrico (HCl), vapor e pequenas partículas de vidrio vulcânico”, disse o USGS.

“Essa mistura gasosa, corrosiva e quente causou duas mortes no ano 2000 na zona onde o mar entrou em contato com os fluxos de lava recentes e ativos”, explicou.

O USGS também advertiu que as emissões de gases vulcânicos “triplicaram como resultado das volumosas erupções”.

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Os ventos moderados fazem que as áreas para onde sopra o vento do vulcão “possam experimentar níveis variáveis” de fumaça vulcânico, uma espécie de névoa que se forma quando as emissões reagem ao oxigênio, à umidade, à poeira e à luz solar, disse o USGS.

O Kilauea é um dos vulcões mais ativos do mundo e um dos cinco na Grande Ilha do Havaí.

Começou a entrar em erupção em 3 de maio, forçando a evacuação de 2.000 pessoas que moram na região da montanha.

Cientistas acreditam que a atividade vulcânica possa ser precursora de uma erupção maior, similar a uma registrada na ilha em meados da década de 1920.

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Eles asseguram, porém, que não se esperam perdas de vidas humanas, já que as áreas residenciais mais expostas foram evacuadas, e a região onde fica o vulcão (no sudeste da ilha) é de baixa densidade populacional.

As autoridades advertiram os moradores que se mantenham afastados dos bairros evacuados, alertando, sobretudo, para a possível mortalidade decorrente das emanações tóxicas.

* AFP