Acompanhar “celebridades” que na verdade ninguém sabe quem são faz parte da rotina dos usuários do Twitter. A rede (por enquanto) não tem uma política que proíba a prática e é lar de inúmeros perfis que fazem sátira de pessoas que existem ou criam personagens que só “vivem” no mundo virtual (além de perfis que fingem ser outras pessoas). Sob o novo comando de Elon Musk, é possível que tudo isso mude.
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O homem mais rico do mundo e que está comprando a rede social do passarinho azul por US$ 44 bilhões (cerca de R$ 215 bilhões) deu apenas declarações vagas sobre seus planos, mas é de conhecimento geral seu ódio por perfis automatizados e inautênticos, os robôs. Para além disso, o bilionário já disse que pretende “autenticar todos os humanos”. O que isso pode significar virou um dos grandes debates sobre as consequências da troca de mãos do Twitter, que, se o negócio for concluído, se tornará uma empresa de capital fechado.
O cardápio de perfis “não humanos” no Twitter é amplo. Na maioria dos casos, eles pertencem a usuários que buscam aproveitar uma das primeiras características da internet: a possibilidade de se expressar anonimamente. Alguns perfis anônimos são humorísticos, outros religiosos e outros tantos tratam de divulgar notícias e opiniões sobre assuntos específicos, como esportes ou ciência. Boa parte deles se movimenta no mundo político.
Para a especialista em democracia e comunicação digital Maria Carolina Lopes, o novo dono ainda terá de pensar muito sobre as consequências de uma mudança tão drástica nas regras da rede. “Se ele tiver o objetivo de manter a plataforma comercialmente ativa, ele precisa de engajamento e perfis anônimos fazem parte da estrutura que leva ao engajamento dessa plataforma”, afirma ela.
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