As expressões sérias, o tom firme e o comando que a personalidade de Oswaldo Fumeiro Alvarez inspira à beira do gramado, nas entrevistas e nos treinos, são reflexo de valores cultivados dentro de sua família. Vadão deseja, antes de tudo, estabelecer um relacionamento de confiança dentro do grupo de jogadores e comissão técnica.

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Essa palavra reverbera no seu discurso até a hora de entrar em campo e guia sua conversa sempre que o assunto é futebol. Todos devem confiar no seu colega, assim como se constrói uma família e um trabalho que exige viagens, semanas longe de casa e muita conversa.

O resultado se vê em campo e agrada o torcedor, que vive de momentos. Como a fase é boa, e como Vadão não gosta de dirigir, o treinador se sente à vontade para ir a pé ao Estádio Heriberto Hülse, sete quadras de seu apartamento. No caminho, recebe cumprimentos e acenos de torcedores nas sacadas ou na calçada. Mas a experiência do treinador de 56 anos lembra que no futebol os momentos são efêmeros, por isso os olhos pequenos profundos e sérios, se expressam de foram incisiva como parte da comunicação de suas ideias e avaliações. Não há espaço para mau-entendidos ou dúvidas.

Fora das quatro linhas, Vadão também tem suas convições. A começar pela gastronomia. O seu prato favorito é bacalhau ao forno. Mas a iguaria do jeito que ele gosta só sua esposa Ana Luiza sabe fazer. Quase tanto quanto o peixe à portuguesa, Vadão adora a comida italiana. Risotto con legumes foi a pedida do dia em restaurante próximo ao estádio. Na noite anterior, quando jantou com a esposa, risotto con gamberi (camarão). Mas ele também não abre mão de um churrasco, na sacada do apartamento na companhia dos amigos da comissão técnica.

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Nesses momentos o rosto do treinador solta as amarras e dá espaço a um sorriso. Ele está em casa e nada melhor que um vinho malbec para acompanhar o papo. Mas se o assunto voltar para futebol e Criciúma, já sabe, Vadão toma a frente com tom de confiança.