Pronto, passou. Foi a expressão de uma pessoa depois que as ruas por onde circularam as réplicas da tocha olímpica foram sendo devolvidas à normalidade à medida que a quarta-feira avançava em Joinville, ontem. Nenhuma escola parou, nenhuma indústria interrompeu turno, nenhum mercadinho cerrou as portas, mas foi um dia diferente em parte da cidade incluída no roteiro dos dias que antecedem os Jogos Olímpicos que serão realizados no Brasil.
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Um colega com quem encontrei-me às 14 horas narrou com surpresa que havia passado pelo Centro e o encontrara “num ritmo de fim de semana”. Não vi, raramente o Centro é meu trajeto, mas acreditei no que disse. Principalmente depois que outro conhecido falou que uma profissional da beleza contou-lhe que todos os clientes haviam cancelado os horários marcados para ontem. Não se sabe se foram ver a tocha ou ficaram com receio de encontrar as ruas do trajeto do fogo olímpico bloqueadas.
Outro cidadão que acompanhava a passagem da tocha revirando as postagens no computador (imagino que no AN.com.br, que desde cedo foi às ruas mostrar o clima e os personagens do desfile do fogo olímpico por Jaraguá do Sul, Massaranduba, São Francisco do Sul e Joinville) puxou papo comigo para comentar: “Que povo estressado”. É que leu uns comentários mais indignados com o evento, alguns misturando alhos e bugalhos.
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Sem atletas a serviço do País nas Olimpíadas, foi esta a participação de Joinville no evento, em dia em que o sol do “veranico de julho” resolveu se esconder. Iniciativa que não escapou à relação de amor e ódio – este, mais manifestado nas redes sociais, que hoje arrastam multidões. Deixaram os recados de sempre. Não se imagina, no fim, que a passagem da tocha por aqui, um tanto contestada nas redes, será ferramenta ou arma nos debates eleitorais que se aproximam. Há assuntos mais fortes na fila.
Enfim, como disse o josé das couves lá do início, pronto, passou. Vai embora a tocha. Missão cumprida. A vida prossegue. Voltamos ao balcão do dia a dia. Exemplo: nesta quinta tem audiência pública da Lei de Ordenamento Territorial (LOT) na Câmara de Vereadores. O leitor até deve se interessar, mas entender… Vivo procurando mocinhos e bandidos no tanto de pregação que cerca o assunto e o que consigo é me sentir mais perdido que cachorro que entrou no revezamento da tocha.